A Organização Mundial do Comércio (OMC) divulgou, nesta segunda-feira (17), que o crescimento do comércio global de mercadorias deve continuar fraco no início deste ano. Além disso, o coronavírus (Covid-19) pode forçar um desempenho abaixo do esperado.
A OMC afirmou que o novo indicador desconsidera os resultados mais recentes, como o surto da doença oriunda na província de Hubei, na China. O número de mortes provocadas pelo coronavírus atingiu 1,6 mil. Outras 69,5 mil pessoas foram infectadas pelo vírus, com mais 2 mil novos casos diagnosticados desde o último domingo (16).
A organização sediada em Genebra, na Suíça, informou que seu indicador de comércio de mercadorias, em dezembro, caiu para 95,5 frente a 96,6 reportado em novembro. Leituras menores que 100 sugerem um crescimento do comércio abaixo das tendências de médio prazo.
O comércio mundial de mercadorias retraiu-se 0,2% em comparação com 2018 no terceiro trimestre do ano passado, apontando uma possível retomada no quarto trimestre.
Entretanto, as novas informações demonstraram que essa recuperação não será permanente, com um provável declínio no período de janeiro a março deste ano.
O indicador que pode ser influenciado pelo coronavírus
O indicador de perspectivas comerciais da OMC é um aglomerado de dados sobre diversas vertentes do comércio internacional, como:
- Pedidos de exportação em pesquisas de negócios
- Frete aéreo
- Transporte de contêineres
- Produção e vendas de automóveis e comércio de componentes eletrônicos
- Materiais agrícolas
Ele foi criado para identificar pontos de virada e avaliar o desempenho do aumento do comércio global, em contraponto ao fornecimento de uma previsão específica de curto prazo.
Nenhuma contaminação entre brasileiros
Entre os 58 brasileiros que foram repatriados da China pelo governo federal nenhum apresenta sintomas de contaminação pelo coronavírus. A informação foi divulgada no último sábado (15) pelo Ministério da Defesa.
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A pasta informou em nota que os brasileiros “passaram pelas avaliações clínicas previstas e permanecem com o quadro assintomático”. Todas as pessoas resgatadas com a Operação Regresso continuam internadas em quarentena na Base Aérea de Anápolis (GO).
O Laboratório Central do Estado de Goiás (Lacen) realizou analises em todos os 34 brasileiros resgatados e nos 24 profissionais que participaram da operação de repatriação ao Brasil. Todos serão liberados caso não sejam apresentados sintomas de doença após 18 dias de isolamento.
Outras três pessoas são considerados, pelo Ministério da Saúde, como casos suspeitos de contaminação pelo coronavírus: dois em São Paulo e um no Rio Grande do Sul.
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