A epidemia de coronavírus (covid-19) poderia provocar uma perda de US$ 1,1 trilhão (cerca de 4,5 trilhões de reais) do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (19) pela Oxford Economics.
Segundo a entidade de pesquisa britânica, esse seria o pior cenário de redução da produção de riqueza global por causa do coronavírus. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já declarou a epidemia como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII).
Atualmente, 26 países já confirmaram casos do vírus. Mais de 98% dos diagnosticados estão na China. O número de mortes no país asiático passa de 2 mil e são mais de 74,2 mil contagiados.
Em sua previsão, a Oxford Economics ainda considerou também o cenário em que o novo vírus se espalhe apenas pelo continente asiático. Nessa hipótese, a consultoria britânica previu uma perda de US$ 400 bilhões do PIB global.
Impacto no comércio internacional
A Organização Mundial do Comércio (OMC) informou na última segunda-feira (17) que o crescimento do comércio global de mercadorias deve continuar fraco no início deste ano. A epidemia de coronavírus pode provocar um desempenho abaixo do esperado.
A OMC informou que seu indicador de comércio de mercadorias, em dezembro, caiu para 95,5, frente a 96,6 reportado em novembro. Dados menores que 100 sugerem um crescimento do comércio abaixo das tendências de médio prazo.
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O comércio mundial de mercadorias retraiu-se 0,2% em comparação com 2018 no terceiro trimestre do ano passado, apontando uma possível retomada no quarto trimestre.
Coronavírus X Brasil
Entre os 58 brasileiros que foram repatriados da China pelo governo federal nenhum apresenta sintomas de contaminação pelo coronavírus. A informação foi divulgada no último sábado (15) pelo Ministério da Defesa.
Não há casos confirmados do novo vírus no país. “Todas as notificações de casos suspeitos no país foram recebidas, avaliadas e discutidas com especialistas do Ministério da Saúde, caso a caso, junto com as autoridades de saúde dos estados e municípios”, divulgou o Ministério. O Brasil ainda estuda 5 casos com suspeita de infecção.
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