Os impactos econômicos gerados pelo novo coronavírus (Covid-19) fizeram o número de pedidos de seguro-desemprego dos EUA crescer exponencialmente, segundo o Departamento de Trabalho nesta quinta-feira (26). Na semana encerrada no dia 13 de março, foram realizados 282 mil pedidos, enquanto a semana encerrada na última sexta-feira (20) registrou 3,2 milhões de pedidos.
Essa quantidade é quase quatro vezes maior que o recorde anterior em uma única semana, de outubro de 1982. As medidas de restrição ao comércio e circulação de pessoas no país norte-americano em combate ao coronavírus desencadearam uma onda de demissões no mercado de trabalho.
A agência de notícias “Reuters” afirmou que os pedidos da última semana colocaram um fim ao maior ‘boom’ de criação de empregos na história do país. Em outubro do ano passado, os EUA atingiram o menor nível de desemprego dos últimos 50 anos, de 3,5%.
Além disso, segundo reportou o departamento, os pedidos feitos na semana passada superam o número total de desempregados que já recebiam o seguro em todo o país, de 2,006 milhões. Os pedidos, na última semana, aumentaram em todos os 50 estados e no Distrito de Columbia.
“Quase todos os estados que forneceram comentários (sobre os dados) citaram impactos da Covid-19”, informa o departamento em nota.
“Os estados continuam mencionando o setor de serviços, especialmente de hospedagem e alimentação. Outros setores altamente citados pelos aumentos incluem saúde e assistência social; artes, entretenimento e recreação; transporte e armazenagem; e manufatura”, salienta a autoridade norte-americana.
Senado aprova pacote para combate ao coronavírus
O Senado norte-americano aprovou, na noite da última quarta-feira (25), o pacote de estímulos à economia de US$ 2 trilhões (R$ 10,07 trilhões) em combate à pandemia. A proposta foi aprovada por ampla maioria.
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Após longas negociações entre os congressistas republicanos e democratas, que rejeitaram por duas vezes propostas anteriores, o texto endossado pelo presidente Donald Trump prevê o auxílio a trabalhadores, empresas e o sistema de saúde. O governo norte-americano já sente o impacto econômico causado pela doença.
O texto ainda deverá ser aprovada na Câmara dos Representantes, controlada majoritariamente pelos democratas, antes de ser assinada por Trump. Entretanto, Nancy Pelosi, deputada democrata e presidente da Câmara de Representantes, declarou na última terça-feira que “muitos dispositivos foram enormemente melhorados”, indicado que o texto poderá ser aprovado.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a situação dos Estados Unidos está se deteriorando. Segundo a organização, em entrevista coletiva na última terça-feira (24), o país poderá ser o novo epicentro do coronavírus no mundo.
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