Coronavírus: Opep estuda grande corte na produção de petróleo
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estuda realizar cortes significativos na produção por conta dos impactos do coronavírus (Covid-19). A informação foi divulgada nesta terça-feira (3) pelo ministro de Petróleo da Argélia e presidente da entidade, Mohamed Arkab.
A redução da produção terá como objetivo aumentar os preços do petróleo. Desde o início do ano, a commodity já desvalorizou 20%, com impulso da epidemia de coronavírus.
A Opep informou que estuda reduzir a fabricação de um milhão de barris por dia. Por outro lado, a Rússia, que também está entre os maiores produtores de petróleo do mundo, está se posicionando de forma contrária ao corte.
“Nós vamos discutir a possibilidade de um novo corte substancial, retirando do mercado as quantidades que não forem consumidas devido ao coronavírus”, afirmou Arkab.
Desde o dia 1º de janeiro, um acordo para a redução de 2,1 milhões de barris por dia está em vigor entre os principais produtores da matéria-prima do mundo.
Entretanto, a demanda por petróleo continua caindo, mesmo com o corte da produção. Isso porque muitas fábricas que utilizavam o combustível interromperam suas produções após o surto da doença. Além disso, a maior parte dos setores da economia já sofrem com as consequências do vírus.
Redução do PIB global por conta do coronavírus
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) informou na última segunda-feira (2) que o coronavírus fará com que a economia global em 2020 cresça 2,4%. Com isso, o avanço será o menor desde a crise financeira mundial, em 2009.
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Antes disso, a organização previa um avanço de 2,9%. O crescimento econômico da China, epicentro da doença, também foi reduzido de 5,7% para 4,9%. Para 2021, a previsão é que o país asiático volte a crescer em ritmo mais lento, a 6,4%.
“As perspectivas econômicas globais permanecem moderadas e muito incertas devido ao surto de coronavírus“, destacou a OCDE em um relatório. A organização salientou ainda que há risco de retração na economia global na primeira metade deste ano.