A Organização Mundial de Saúde (OMS) suspendeu novamente os testes clínicos com a cloroquina e com a hidroxicloroquina. De acordo com a cientista-chefe da entidade, Soumya Swaminathan, esses medicamentos não reduzem a mortalidade de pacientes com o novo coronavírus (covid-19).
Os testes que foram suspensos pela OMS tinham o foco na redução de mortes. Dessa forma, as pesquisas que agora estão em cursos são para determinar se a cloroquina é benéfica na prevenção de coronavírus.
“Fizemos uma ligação para todos os responsáveis pelo teste. Com base nas evidências obtidas, a decisão foi de parar os testes controlados com a hidroxicloroquina. A decisão foi tomada com base nas informações fornecidas pelos testes feitos na Inglaterra e nos dados colhidos pelo grupo Solidariedade”, informou a entidade.
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No início da pandemia a organização afirmou que o uso do medicamento poderia trazer prejuízos à saúde. No entanto, no dia 3 de junho, a OMS mudou o discurso e retornou os testes da droga devido as incertezas sobre a veracidade dos dados utilizados no relatório publicado na revista médica “The Lancet”.
A medicação usada contra a Malária causa polêmica ao redor do mundo. Os líderes mundiais, como Jair Bolsonaro e Donald Trump, acreditava, que a solução para o vírus estivesse na cloroquina. Contudo, ministros e profissionais da saúde alertaram sobre os efeitos negativos da substância.
Dexametasona como remédio promissor contra coronavírus
Apesar dos testes com a hidroxicloroquina não terem apresentado resultados na redução de mortes, a dexametasona trouxe uma “descoberta significativa”.
O diretor-geral da OMS, Tendros Adhanom Ghebreyesus, disse que a dexametasona, um remédio acessível, apresentou dados positivos no combate do vírus a pacientes em estado graves.
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“Recebemos boas notícias sobre os testes no Reino Unido. A dexametasona, um medicamento comum, demonstrou efeitos positivos em pacientes com sintomas agudo da covid-19. A mortalidade para esses que se encontram entubados, e necessitam do uso de um respirador, caiu em um terço”, disse o diretor da entidade.
“Os dados são muito significante [no combate ao coronavírus], mas também temos de ver os dados reais, completos. Os médicos ingleses trabalharão arduamente nos próximos dias para publicar o estudo com a revisão”, informou o diretor executivo da OMS, Michael Rayn.
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