Coronavírus: número de mortos chega a 1,6 mil na China
O número de mortes provocadas pelo coronavírus (covid-19) alcançou 1.665 na China. Outras 69.500 pessoas foram infectadas pelo vírus, com mais 2 mil novos casos diagnosticados nas últimas 24 horas.
Por outro lado, no mesmo período de tempo outras 1,3 mil pessoas receberam alta hospitalar na China.
Além dos óbitos no território da China continental, foram registradas outras quatro mortes fora do país asiático. A última foi registrada na França, onde um turista chinês de 80 anos da cidade de Hubei, epicentro da epidemia, faleceu em Paris. Essa foi a primeira morte provocada pelo vírus na Europa.
Nenhuma contaminação dos brasileiros pelo coronavírus
Entre os 58 brasileiros que foram repatriados da China pelo governo federal nenhum apresenta sintomas de contaminação pelo coronavírus. A informação foi divulgada no último sábado (15) pelo Ministério da Defesa.
A pasta informou em nota que os brasileiros “passaram pelas avaliações clínicas previstas e permanecem com o quadro assintomático”. As 58 pessoas resgatadas com a Operação Regresso continuam internadas em quarentena na Base Aérea de Anápolis (GO).
O Laboratório Central do Estado de Goiás (Lacen) realizou analises em todos os 34 brasileiros resgatados e nos 24 profissionais que participaram da operação de repatriação ao Brasil. Todos serão liberados caso não sejam apresentados sintomas de doença após 18 dias de isolamento.
Saiba mais: Coronavírus: BC da China continuará política monetária expansiva
Outras quatro pessoas são considerados pelo Ministério da Saúde como casos suspeitos de contaminação pelo vírus: uma criança de 2 anos, um adulto de 56 anos e duas pessoas na faixa dos 20 anos.
Banco Central da China continuará política monetária expansiva
O Banco Central da China vai continuar mantendo uma política monetária prudente por causa do surto de coronavírus. A declaração foi realizada pelo vice-presidente da instituição monetária central Chinesa, Fan Yifei.
Durante uma entrevista coletiva, o vice-presidente do Banco do Povo da China (PBoC), nome oficial da instituição monetária central de Pequim, salientou que é pouco provável que a inflação suba acentuadamente por causa dos efeitos do coronavírus.
Segundo Fan, o índice de empréstimos com baixo desempenho permaneceu relativamente pequeno na China. E isso abriu espaço para um aumento do apoio a empresas cujas atividades foram atingidas pelos efeitos do contágio.
Saiba mais: Coronavírus: China injetará US$ 174 bi em liquidez na segunda-feira
“Apoiaremos empresas qualificadas para que possam retomar o trabalho e a
produção o mais rápido possível, ajudando a manter a economia estável e
minimizando o impacto da epidemia”, declarou o funcionário do BC da China.
Injeção de liquidez contra o coronavírus
No começo de fevereiro o Banco Central chinês injetou liquidez por um valor total de 1,2 trilhão de yuans (cerca de US$ 174 bilhões ou R$ 750 bilhões) nos mercados. A decisão da autoridade monetária central chinesa ocorreu em meio aos temores dos efeitos econômicos negativos do surto de coronavírus.
Pequim tinha deixado claro que teria utilizado várias ferramentas de política monetária para garantir que a liquidez nos mercados permaneça razoavelmente ampla.
Saiba mais: Coronavírus: Vendas da Volkswagen caem na China por conta da epidemia
As autoridades chinesas apoiarão as empresas afetadas pela epidemia. As operações de injeção de liquidez ocorrerão através de recompra reversa de títulos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou na última quarta-feira (12) que não é possível prever quando o avanço da epidemia será controlado. “O surto ainda pode ir para qualquer direção”, afirmou o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
No entanto, Ghebreyesus salientou que por conta da quarentena em Wuhan, epicentro do coronavírus, o número de casos em outros países está diminuindo. Com isso, o ritmo de contágio da doença não parece agressivo fora do país asiático.