Coronavírus: Moody’s reduz projeção de crescimento do G20 em 2020

A agência de classificação de risco Moody’s cortou nesta sexta-feira (6) sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de todas as economias que formam o G20. A redução foi motivada pelos impactos da epidemia de coronavírus.

De acordo com a Moody’s, o avanço do coronavírus deverá afetar o avanço da economia global até o segundo trimestre deste ano. Com isso, a projeção de crescimento para os países do G20, grupo que inclui o Brasil, caiu 0,3 ponto percentual ante o relatório anterior, para 2,1%.

A projeção de crescimento para os Estados Unidos, que é a maior economia do mundo, passou de 1,7% para 1,5%. Além disso, a China, que possui o segundo maior PIB global, deverá crescer somente 4,8% ante 5,2% da projeção anterior.

“Vários desenvolvimentos plausíveis podem levar a um cenário muito mais negativo do que a nossa previsão inicial. Uma retração sustentada no consumo, juntamente com o fechamento prolongado de negócios, prejudicaria os lucros, levaria a demissões e pesaria no sentimento. Tais condições poderiam, no final das contas, alimentar uma dinâmica recessiva autossustentável”, afirmou o vice-presidente da empresa de rating, Madhavi Bokil.

Segundo a agência, as medidas fiscais anunciadas por algumas autoridades monetárias, como o Federal Reserve (Fed), nos EUA, o Banco do Japão e o Banco Central Europeu (BCE), poderão ajudar a limitar os danos causados para as economias.

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“Os anúncios de políticas das autoridades fiscais, bancos centrais e instituições internacionais até o momento sugerem que a resposta [dessas ações] provavelmente será forte e direcionada nos países afetados”, informou a Moody’s.

Avanço do coronavírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que 38 países já confirmaram casos de transmissão local do coronavírus (Covid-19), entre eles o Brasil.

Saiba mais: Coronavírus: Brasil é um dos 38 países a confirmar transmissão local da doença

A transmissão interna é levada em consideração quando a infecção ocorre no mesmo local de notificação de um caso, ao menos, suspeito. Isso aconteceu com duas brasileiras que tiveram contato com o primeiro hospedeiro do vírus no Brasil, o qual esteve na Itália em fevereiro.

De acordo com a OMS, mais de 95 mil casos do coronavírus já foram confirmados em todo o mundo, com 3,28 mil mortes. No entanto, o hospital norte-americano Johns Hopkins informou, nesta sexta-feira (6), que o número de casos pela epidemia já ultrapassou 100 mil.

Giovanna Oliveira

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