Coronavírus: MEC se prepara para realizar aulas a distância

O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, publicou nesta-quarta-feira (11) em suas redes sociais, que as instituições de ensino precisam se preparar para “medidas emergenciais pontuais” por  causa do coronavírus (covid-19).

Segundo Weintraub, é preciso ter um plano de aulas remotas já preparado caso ocorra uma possível piora na crise do coronavírus.

O político ainda afirmou: “Nós já estamos nos preparando, sempre orientados pelo Ministério da Saúde, para que caso venha acontecer qualquer coisa, os danos sejam os menores possíveis. Uma cidade ou região que precise ter uma atenção mais especial para que nós tenhamos prontos um plano de aulas remotas”.

Saiba mais: Organização Mundial da Saúde declara o coronavírus pandemia.

O ministro explicou que as aulas seriam realizadas através de conexão com a internet, em canais como Skype, youtube e e-mails. Essa poderia ser uma tentativa de evitar aglomerações, que aumentam o risco de contágio do coronavírus.

Weintrau acrescentou que, se necessário, as instituições de ensino devem flexibilizar as e evitar reuniões.

Entretanto, o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, considerou a proposta dificilmente realizável. Segundo ele, poderia aumentar os riscos de contaminação para os avós das crianças, pois o principal grupo de risco são os idosos e as pessoas com patologias pregressas.

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O Ministro da Saúde salientou: “tem uma discussão. Ontem fiz uma reunião com o ministro Weintraub, discutindo. Porque tem o seguinte: quando se fazem férias escolares ou suspensão de aula, essas crianças vão ficar com quem? Se mandarem para os avós, como é o hábito das famílias brasileiras, eu vou estar expondo, porque 30% são assintomáticas, um tanto dessas crianças e adolescentes têm formas leves”.

Coronavírus no mundo

Nessa quarta feira (11), a Organização Mundial da Saúde (OMS), declarou o coronavírus como pandemia. Segundo a organização internacional, atualmente há 118 mil infectados em 114 países e 4291 vítimas fatais.

“A descrição da situação como uma pandemia não altera a avaliação da OMS da ameaça representada por esse vírus. Isso não muda o que a OMS está fazendo, nem o que os países devem fazer ” declarou o diretor-geral  da organização Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“A descrição da situação como uma pandemia não altera a avaliação da OMS da ameaça representada por esse vírus. Isso não muda o que a OMS está fazendo, nem o que os países devem fazer “, declarou Adhanom Ghebreyesus, “Pandemia não é uma palavra para ser usada de maneira leviana ou descuidada. É uma palavra que, se mal utilizada, pode causar medo irracional ou aceitação injustificada de que a luta acabou, levando a sofrimento e morte desnecessários”.

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Segundo a OMS, os casos de infectados e o número de mortes nos países atingidos poderia aumentar nas próximas semanas. Nos últimos 15 dias, o número de casos de coronavírus fora da China aumentou 13 vezes, enquanto o número de países afetados triplicou.

Laura Moutinho

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