O estado de emergência do Japão, em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), foi suspenso pelo primeiro-ministro do país, Shinzo Abe, nesta segunda-feira (25). Segundo a agência de notícias estatal “NHK”, o país conseguiu controlar a disseminação da doença em menos de dois meses.
Aos poucos, o Japão vem diminuindo as medidas de restrição à circulação de pessoas e funcionamento dos comércios locais. Isso foi possível após os números de casos confirmados e mortes pelo coronavírus apresentarem queda nos últimos dias. Devido às melhores expectativas, após um painel de especialistas que apresentaram um plano de reabertura, Shinzo Abe fez o anúncio.
Mesmo em Tóquio, capital do país, onde o estado de emergência ainda está tecnicamente em funcionamento, algumas lojas de departamento e restaurantes já foram reabertos.
No entanto, por mais que o governo japonês exija a utilização de máscaras e a medição de temperatura das pessoas em lugares públicos, existe o temor de que a reabertura da economia e a flexibilização das medidas de distanciamento social, possam acarretar em uma segunda “onda” de casos do coronavírus.
O país atualmente possui 16,55 mil casos confirmados da doença, registrando 820 mortes. Com base em sua população de 126,5 milhões de habitantes, os números perfazem 6,4 mortes para cada milhão de habitantes.
De forma comparativa, o Brasil, segundo país com mais casos confirmados pela pandemia, já registrou 363,2 mil casos oficiais, com 22,66 mil mortes, o equivalente a 108,1 mortes para cada milhão de habitantes. As informações são da universidade norte-americana John Hopinks.
A expectativa pelo anúncio da suspensão do estado de emergência no país fez com que a bolsa de valores local, a Nikkei 225, fechasse em alta de 1,73%, a 20.741,65 pontos, a exemplo de todas as bolsas asiáticas que encerraram as negociações no azul nesta segunda-feira.
O Japão colocou em prática, no início do mês passado, um pacote de estímulos à economia equivalente a 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do país para a contenção do coronavírus. Foram alocados US$ 190 bilhões (cerca de R$ 653,7 bilhões) no combate da pandemia.
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