A Hyundai Motor afirmou que irá suspender, em breve, a produção de suas fábricas situadas na Coreia do Sul. Isso porque o surto do coronavírus na China tem afetado a performance da empresa por conta da falta de materiais em algumas unidades. O comunicado foi feito nesta terça-feira (4).
A empresa sul-coreana informou que as datas para a volta da produção irão depender de fornecedores que estão fora da China.
De acordo com um porta-voz da Hyundai, a empresa fechou uma de suas principais fábricas em Ulsan, na Coreia do Sul, por conta da falta de peças provindas da China. A razão do desabastecimento teria sido a suspensão das atividades dos fornecedores na China, por conta da disseminação do coronavírus.
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A Hyundai informou que está avaliando diversas formas de diminuir o prejuízo nas operações, causado pelo surto do novo vírus na China. A maior montadora da Coreia do Sul possui sete grandes fábricas no país e mais dez em outro países.
Coronavírus e demanda por carne brasileira
De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as questões sanitárias e alimentares na China, além do coronavírus, levantam preocupações que se traduzem em uma “tempestade perfeita” para os produtores de proteínas na América do Sul, sobretudo o Brasil. As informações foram divulgadas pela “Reuters”.
No último sábado (1), a China anunciou que está passando por um surto de gripe aviária. Além disso, milhares de frangos podem apresentar um quadro de desnutrição devido ao isolamento (“lockdown”) na província de Hubei, epicentro do coronavírus. A epidemia respiratória já matou mais de 400 pessoas e infectou cerca de 20,4 mil no país asiático.
Segundo a agência de notícias “Bloomberg”, o lockdown ameaça a vida de mais de 300 milhões de frangos, de acordo com cartas da associação de produtores de Hubei.
Os produtores pecuários chineses ainda enfrentam, desde o final de 2018, os efeitos da peste suína africana, doença que matou cerca de 50% da criação de porcos do país asiático, a maior do planeta.
“Peste suína africana, coronavírus e a gripe aviária influenciam os hábitos do consumidor e podem aumentar a demanda chinesa por carnes do Brasil”, afirmou o presidente da ABPA, Francisco Turra, em entrevista a “Reuters”.