Coronavírus: Holanda e Bélgica registram casos de reinfecção

A Holanda e a Bélgica registraram casos de reinfecção de pacientes que já tinha contraído o novo coronavírus (Covid-19) anteriormente. Os dois casos europeus foram identificados logo após o primeiro evento dessa natureza, ocorrido em Hong Kong na última segunda-feira (24).

De acordo com a emissora de televisão holandesa NOS, o paciente holandês é um idoso, com o sistema imunológico enfraquecido, diferentemente do caso de Hong Kong, em que o paciente apresentou apenas sintomas leves. Na Bélgica, o caso refere-se a uma mulher que contraiu o coronavírus em abril, voltando a tê-lo em julho.

Após a confirmação do primeiro caso de reinfecção do mundo, especialistas da Universidade de Hong Kong informaram que realizaram novos testes no paciente, e contataram que ele foi contaminado por duas cepas diferentes do vírus.

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“Nossos resultados provam que a segunda infecção é causada por um novo vírus, que ele adquiriu recentemente, em vez de uma disseminação viral prolongada”, afirmou Kelvin Kai-Wang To, microbiologista da Universidade de Hong Kong.

De acordo com o virologista holandês Marc van Rants, o fato do paciente de Hong Kong ter apresentado sintomas leves não é positivo. Segundo ele, isso mostra que os anticorpos desenvolvidos durante a primeira infecção não eram fortes o suficiente para prevenir uma segunda infecção.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que os estudos e descobertas feitas pelos pesquisadores de Hong Kong após a reinfeção são importantes, mas salientou que é preciso não tirar conclusões precipitadas. “É um caso documentado em mais de 23 milhões. Provavelmente veremos mais casos, mas não parece ser um evento regular”, disse Margaret Harris, porta-voz da OMS.

Os casos de reinfecções geram dúvidas na comunidade científica que estuda a doença. Especialistas agora questionam quanto tempo dura a imunidade da primeira infecção e quão forte ela é para prevenir novas contaminações.

Vacina da Pfizer e BioNTech contra coronavírus pode ser liberada em outubro

As farmacêuticas Pfizer e BioNTech, que trabalham juntas para o desenvolvimento de uma vacina que combata a Covid-19, informaram que esperam que o medicamento seja aprovado em outubro.

Segundo com o comunicado das empresas, divulgado na última quinta-feira (20), se autorização for concedida pelos órgãos oficiais, serão produzidas 100 milhões de vacina contra o coronavírus até final deste ano. Já para 2021, está prevista a distribuição de 1,3 bilhão de doses.

No documento está especificado os dados como a segurança e eficácia dos estudos de fase 1. Os humanos testados pela BNT162b2, como é chamada a vacina, exibiram respostas positivas.

“Em todas as populações, a administração da BNT16b2 foi bem tolerada com febre leve e moderada em menos de 20% dos participantes”, comunicaram as empresas.

“Esses resultados informaram a seleção da vacina para o estudo global principal de Fase 2 de 3 até 30 mil participantes que já começou em julho de 2020, e que até o momento inscreveu mais de 11 mil participantes, incluindo em áreas com alta transmissibilidade do coronavírus“.

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Jader Lazarini

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