Coronavírus: Grandes bancos fecham mil agências e cortam 11 mil vagas em 2020
Diante da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), diversos setores estão passando por uma aceleração do processo de digitalização, como no caso dos bancos privados do Brasil, o que acaba impulsionando uma onda de fechamento de agências. Neste ano, aproximadamente mil pontos de Itaú, Bradesco e Santander foram encerradas, e consequentemente, 11 mil funcionários foram demitidos. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.
Esse processo de digitalização dos bancos já vem ocorrendo por alguns anos, entretanto, com as medidas de isolamento social tomadas em função do coronavírus, a tendência vem sendo acelerada. No ano passado, foram cortadas 7 mil vagas, o que representa 3 mil a menos do que até o momento em 2020.
No segundo maior banco privado do País, essa é uma tendência que deve ganhar força. Segundo o diretor executivo e de relações com investidores do Bradesco, Leandro Miranda, 500 das 700 conversões previstas para este ano já foram realizadas. Com um novo modelo que prevê a inexistência de caixas, o que reduz, segundo o banco, os custos em 30% a 40% em relação a uma agência convencional, especialmente no quesito segurança.
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O banco Itaú também vem fechando agências, entretanto, em nota, informou ainda ver relevância na relação presencial. “É evidente a transformação tecnológica recente e a procura cada vez maior pelos canais digitais, mas nossa rede física de agências segue cumprindo um papel muito relevante (…) como um espaço mais humanizado de relacionamento e consultoria”.
De acordo com uma pesquisa de 2019 do Instituto QualiBest, 81% dos entrevistados consideram importante a existência de agências físicas, mesmo que a frequência das visitas seja baixa. Cerca de 70% das pessoas disseram que vão cerca de uma vez por mês a uma agência física.
Bancos públicos
O Banco do Brasil também acompanha a tendência de Itaú, Santander e Bradesco. Nos 12 meses encerrados em setembro, o BB fechou 227 agências, enquanto abriu 56 pontos que classifica como unidades especializadas.
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Ao passo que a Caixa Econômica Federal ainda aposta na necessidade de uma rede presencial mais presente, desta forma o banco não têm seguido a onda de encerramento de agências. No fim do primeiro semestre, a Caixa tinha 53,7 mil pontos de atendimento, número praticamente estável em relação ao mesmo período de 2019.
Com informações do Estadão Conteúdo