A General Motors (GM) e a Volkswagen retomaram, na última segunda-feira (18), a produção em suas fábricas no Brasil. As unidades haviam sido fechadas em razão da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
A planta em São Caetano do Sul da GM, que havia sido fechada ainda no início dos impactos do coronavírus, em meados de março, foi reaberta para um turno de trabalho. A Volkswagen, por sua vez, abriu sua unidade que emprega 2.200 trabalhadores em São José dos Pinhais, no Paraná, com dois turnos, mas operando de forma mais lenta que o habitual.
As montadoras decidiram retomar as operações em fábricas que produzem modelos concorrentes, no segmento de utilitários-esportivos, o qual apresentava forte crescimento antes da implementação das medidas de contenção à pandemia.
Enquanto a GM produz em São Paulo o modelo Tracker, lançado dias antes das paralisações, a Volks monta o T-Cross no Paraná.
Outras fábricas da GM, no entanto, ainda não tem nada para serem reabertas. Elas ficam em São José dos Campos (SP), Gravataí (RS) e Joinville (SC). As unidades da Volks em São Bernardo do Campo, Taubaté e São Carlos, todas em São Paulo, estão previstas para serem reabertas no final deste mês.
Ambas as companhias estabeleceram rígidos protocolos de prevenção à doença em suas unidades, para a segurança de seus colaboradores em suas instalações.
Entre as medidas, estão o reforço de higiene nas áreas comuns, uso de máscaras, distaciamento social (com adaptações em transportes e refeitórios), controle da temperatura corporal dos funcionários, formulário digital de autodeclaração de saúde. As montadoras também devem monitorar os casos suspeitos ou confirmados para a Covid-19.
Coronavírus derruba produção de veículos
A Associação das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) revelou, no início deste mês, que a produção de carro em abril teve uma queda de 99%, em comparação com o mês anterior.
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Foram apenas 1,8 mil unidades montadas no mês, o equivalente ao pior resultado mensal de produção desde 1957.
“Foi um resultado péssimo, mas esperado. Nós entendemos essas decisões porque a saúde é fundamental para nós e para a sociedade. Estamos contribuindo de alguma maneira com o achatamento da curva dos casos ao paralisar as fábricas de forma espontânea e colocando os funcionários que precisam seguir trabalhando em home office”, disse Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
Além disso, o coronavírus também fez o emplacamento cair de forma expressiva: em todo o Brasil, foram 55,73 mil realizados, uma baixa de 65,9% em relação ao resultado de março.
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