Coronavírus: Fundação Lemann investirá R$ 100 mi em fábrica de vacina
A Fundação Lemann informou nessa sexta-feira (7) que junto com outras empresas e entidades, vai investir R$ 100 milhões em uma fábrica no Brasil, doada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), cuja finalidade será produzir a potencial vacina de coronavírus (Covid-19) que está sendo elaborada pela Universidade de Oxford junto com a AstraZeneca.
Através de um comunicado, a fundação com ligação à José Paulo Lemann informou que a fábrica deve estar pronta no começo do ano que vem, e deve ser capaz de produzir cerca de 30 milhões de doses da vacina de Covid-19 mensalmente.
Vale destacar que a fundação já está financiando um estudo que é dirigido pela Unifesp, no qual a potencial vacina da Oxford em parceria com a AstraZeneca é testada em brasileiros voluntários.
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Além disso, o grupo deve investir em adaptações nas fábricas de Bio-Manguinhos, para produção da imunização contra o novo vírus.
Já algumas empresas que fazem parte do projeto, também irão apoiar a construção de outra fábrica com o mesmo intuito no Instituto Butantan.
Lemann salientou que “esperamos com essa iniciativa dar uma contribuição concreta para o nosso país, deixando um legado público para que milhões de brasileiros possam se beneficiar e também para que o Brasil esteja melhor posicionado e preparado no enfrentamento de outros desafios dessa natureza que possam surgir”.
Instituto Butantan afirma que vacina pode ser registrada em outubro
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse, nesta quinta-feira (6), que é possível que uma vacina contra o coronavírus seja registrada já em outubro. O Butantan anunciou a parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac em junho. O objetivo do negócio era acelerar e unir forças para os processos de produção e testes da vacina.
As falas de Covas foram ditas em uma teleconferência virtual pública da Câmara dos Deputados em que o assunto principal era o desenvolvimento da imunização contra o vírus causador da pandemia.
“Poderemos ter a partir agora de outubro. O processo de preparo para a formulação e o envase já se iniciou. Todos os processos de controle de qualidade e validação já se iniciaram. Então, poderemos ter a vacina. A grande pergunta é se estará registrada e aprovada pelo estudo clínico e poderá ser utilizada. Sou muito otimista. Acho que um prazo razoável seria janeiro de 2021 dado o desempenho até o presente momento”, disse Dimas Covas.