Coronavírus: França estuda reduzir quarentena de 14 para 7 dias

De acordo Olivier Véran, ministro da Saúde da França, o Conselho Científico do país “é favorável à redução do período de isolamento de 14 para 7 dias”. Dessa forma, a França, que já possui 367,17 mil casos do novo coronavírus (Covid-19), com 30,7 mil mortes, planeja reduzir o período de quarentena para a recuperação da doença.

Segundo Véran, o objetivo de tal medida é obter um maior respeito ao isolamento, pois “atualmente constatamos que muitos franceses não respeitam o isolamento de 14 dias”, atingindo, assim, uma maior efetividade no combate ao coronavírus.

“Quatorze dias em casa, quando você entrou em confinamento, sabemos que é muito complicado. Portanto, haverá um apoio melhor dos franceses em um período mais curto, mas que deve ser absolutamente respeitado para limitar o contágio”, afirmou Verán nesta terça-feira (8), lamentando o fato da realidade ser o não cumprimento do isolamento por duas semanas.

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O ministro pontuou que não caberá somente a ele sacramentar essa decisão — o assunto está na pauta da reunião do Conselho de Defesa e Segurança Nacional, que acontecerá na próxima sexta-feira (11). “Isso nos dará algum tempo para solicitar outros especialistas para a instalação, se for decidida pelo Presidente da República e pelo Primeiro-Ministro”, disse Véran.

O chefe da pasta da Saúde francesa garantiu que a mudança não se dará por conta do âmbito econômico. “Ficamos mais contagiosos nos primeiros cinco dias após os sintomas ou a positividade de um teste. Aí, esse contagioso diminui muito e, depois de uma semana, é muito fraco”, disse.

O Produto Interno Bruto (PIB) da França caiu 13,8% no segundo trimestre deste ano. O colapso da economia francesa é explicado pela “paralisação das atividades não essenciais no contexto de confinamento que aconteceu entre meados de março e início de maio” como medidas de contenção à pandemia.

O Insee, escritório oficial de estatísticas da França, confirmou, nesta terça-feira, que a previsão é de que o PIB do país caia 9% neste ano. O resultado no terceiro trimestre, no entanto, deve ser positivo em 17%, ao passo que as medidas de controle do coronavírus são flexibilizadas.

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Jader Lazarini

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