Coronavírus: FMI projeta queda maior do que esperado do PIB dos EUA
As medidas de conteção à disseminação da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) duraram mais do que o esperado, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Apesar da flexibilização de alguns bloqueios nos últimos dias, isso fará com que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) do país seja mais acentuada. As informações foram divulgadas pelo Fundo na última semana.
Segundo o porta-voz da instituição, Gerry Rice, em entrevista coletiva, o FMI divulgará os detalhes de sua estimativa em 24 de julho, quando o relatório Perspectiva Econômica Global estará pronto. A organização está revendo seu entendimento sobre os impactos do coronavírus.
Rice afirmou que a economia da China está ganhando força, demonstrando uma recuperação que não era esperada, sobretudo em investimentos e serviços no mês de maio.
Além disso, o porta-voz disse que o balanço de riscos mundial permanece inclinado para o lado negativo, influenciando a economia global. O FMI estima que, neste ano, o PIB mundial deverá sofrer sua pior recessão desde a Grande Depressão.
FMI pede que países continuem com estímulos econômicos contra o coronavírus
A diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, na última segunda-feira (15), fez um apelo aos países para que continuem a injetar dinheiro para estimular as suas economia.
A economista salientou, em fórum online organizado pelos think tanks europeus GLOBSEC, Bruegel e pelo Instituto Montaigne (IM), os países aumentarem os gastos para enfrentar a crise da causada pela pandemia do novo coronavírus e não voltar à austeridade prematuramente. “Minha mensagem é: gastem, gastem, gastem. Por favor, gastem o máximo possível”, afirmou a diretora do FMI.
“Mas guardem os recibos. E tenham em mente que não podemos sobreviver sem crescimento ou esforço”, acrescentou Georgieva.
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Nesse sentido, a diretora fez elogios aos governos pelas “enormes medidas fiscais”, que totalizaram cerca de US$ 10 trilhões (equivalente a R$ 53,11 trilhões) no combate ao coronavírus. Os números são 10 vezes maiores do que os estímulos adotados em função da crise financeira de 2008.