Com o mundo à procura de uma cura para o novo coronavírus (Covid-19), a Sinovac Biotech, farmacêutica chinesa que lidera uma das pesquisas mais promissoras para uma vacina, negocia a implementação de testes em estágio avançado a nível global. “Temos a vacina pronta”, disse Yin Weidong, CEO da empresa, na última quinta-feira (7).
A companhia, sediada em Pequim, está em contato com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e reguladores de outros países para realizar ensaios clínicos da fase III em locais onde o coronavírus está avançando rapidamente. “Quando um país aprovar o ensaio clínico, o lançaremos imediatamente”, disse Yin.
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“Para avaliar se a vacina pode oferecer proteção, precisamos estudar a relação entre a incidência da doença e a vacinação”, afirmou Yin. “Não podemos fazer isso quando não há casos.”
Embora a relação da China com outros países, como os Estados Unidos, esteja abalada quanto a maneira que o país combateu o vírus e forneceu informações enquanto ainda o estágio da disseminação era inicial, a redução de novas infecções na China fizeram com que farmacêuticas do país passassem a procurar por uma cooperação internacional em busca da cura.
Segundo especialistas, uma vacina funcional seria o melhor caminho para que os países pudessem reabrir suas atividades econômicas e retomar, de forma gradual, a vida normal sem um aumento descontrolado de casos. Entretanto, o desenvolvimento de vacinas pode demorar anos por conta de sua complexidade, por isso existem diversas doenças que ainda não possuem uma vacina, como o HIV.
Farmacêuticas de outros países também estão na corrida pela vacina, como as estadunidenses Moderna e Johnson & Johnson, assim como pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Além da Sinovac, pesquisadores chineses também têm outras três companhias em ensaios com humanos: duas da estatal China National Biotec, e uma dos militares chineses em colaboração com a CanSino Biologics, de Tianjin.
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A Sinovac Biotech desenvolveu, em 2003, uma vacina contra a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), epidemia similar ao novo coronavírus. À época, a SARS chegou a matar 774 pessoas entre 2002 e 2003, número ultrapassado em menos de dois meses pela pandemia atual.
Farmacêuticas de todo o mundo procuram uma cura pela doença que já atingiu 187 países, 4 milhões de pessoas, vitimando mais de 279 mil. Em todo o mundo, no entanto, 1,42 milhão de pessoas já se recuperaram do coronavírus, segundo a universidade norte-americana John Hopkins.
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