Coronavírus: para estimular a economia, Hong Kong distribuirá dinheiro
O governo de Hong Kong anunciou, nesta quarta-feira (26), que distribuirá US$ 15,4 bilhões (cerca de R$ 67,6 bilhões), em dinheiro ou na forma de estímulos orçamentários, com o objetivo de fomentar sua economia. O país vem sofrendo com os efeitos da epidemia do coronavírus (Covid-19) e meses de protestos antigovernamentais.
O governo chinês confirmou, nesta quarta, mais 52 casos de morte ocasionadas pelo coronavírus. Dessa forma, apenas na China, já foram registrados 2,71 mil mortos.
Segundo o secretário financeiro de Hong Kong, Paul Chan, serão concedidos 10 mil dólares locais, cerca de US$ 1,28 mil (cerca de R$ 5,7 mil) em dinheiro, para cada cidadão residente, além da redução de impostos sobre salários de quase dois milhões de trabalhadores.
“A rápida disseminação do novo coronavírus causou um duro golpe nas atividades econômicas de Hong Kong”, afirmou Chan em discurso. Para ele, é necessária uma “medida excepcional” para incentivar os gastos dos consumidores e aliviar os encargos financeiros de indivíduos e empresas.
O Produto Interno Bruto (PIB) de Hong Kong caiu 1,2% em 2019, representando a primeira recessão anual desde a crise financeira mundial, em 2008.
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Além disso, as constantes manifestações políticas, iniciadas em meados de 2019, se transformaram em confrontos violentos entre manifestantes e policiais. Isso fez com que o movimento do mercado turístico e comercial fosse retraído. Ademais, a guerra comercial entre Estados Unidos e China também mitigou o volume de importações e exportações do país asiático.
Até esta quarta-feira, Hong Kong já havia confirmado 89 casos do coronavírus, com duas mortes contabilizadas. Foram fechadas escolas, escritórios do governo, atrações turísticas e instalações públicas com o intuito de impedir a concentração de pessoas. Lá encontra-se o maior e mais movimentado centro financeiro da Ásia.
Disseminação do coronavírus
Embora o governo da China tenham colocado em prática medidas de contenção ao coronavírus, como o fechamento de fronteiras e paralisação de diversas atividades comerciais, a epidemia chegou a novos países nos últimos dias.
Na manhã desta quarta-feira, o governo do Japão confirmou que o número de casos confirmados da doença é de 862. Desses, 157 eram pessoas contagiadas dentro do país ou turistas vindo da China e de outras regiões.
O governo da Coreia do Sul anunciou que mais 169 pessoas foram infectadas, subindo para 1,14 mil casos confirmados. Na última terça-feira (25), o Brasil também confirmou o primeiro caso da doença, tornando-se o primeiro país da América Latina a ser hospedeiro do vírus.
Além disso, desde a última segunda-feira (24), foram confirmados casos de coronavírus na Áustria, Croácia, Suíça, Omã, Iraque e Afeganistão.