Coronavírus: empresa produtora de vacina prioriza EUA e gera polêmica
O CEO do grupo farmacêutico Sanofi, Paul Hudson, informou na última quarta-feira (13) durante uma entrevista à ‘Bloomberg’, que se a companhia desenvolvesse a vacina contra o novo coronavírus (Covid-19) entregaria primeiro aos Estados Unidos e o país teria direito a fazer pedidos maiores, pois “investiu para tentar proteger sua população”.
Entretanto, o governo da França não ficou contente com a declaração e entrou em contato com a empresa logo após a fala de Hudson sobre a vacina contra o coronavírus.
A Comissão Europeia também defendeu que o acesso à vacina deveria ser universal.
A secretária de Estado da Economia da França, Agnès Pannier-Runacher, informou “o chefe da divisão francesa da Sanofi me confirmou que uma vacina estaria disponível em todos os países e obviamente também para os franceses porque, entre outras coisas, há capacidade de produção na França”.
Vacina de coronavírus deve estar disponível ao mesmo tempo nos EUA e na Europa
Entretanto, o diretor da Sanofi na França, Olivier Bogillot informou nessa quinta-feira (14) que o objetivo é que a vacina esteja disponível ao mesmo tempo, e da mesma maneira, nos EUA, na França e Europa. Contudo, ele salientou que isso só seria possível se “os europeus trabalharem tão rápido quanto os americanos”.
Segundo Bogillot, “o governo dos EUA se mobilizou financeiramente de maneira forte desde o início”. Em contrapartida, a Comissão Europeia ressaltou que os EUA não participaram de uma conferencia de doações que arrecadou US$ 8 bilhões (cerca de R$ 48 bilhões).
O porta-voz da Comissão, Stefan de Keersmaecker, indicou que “para nós, em uma palavra, é muito importante trabalharmos nisso em nível global, já que o vírus é um vírus mundial”.
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Por fim, a Sanofi informou que as vacinas contra o coronavírus produzidas nos EUA seriam dedicadas principalmente ao país, ao passo que o excesso seria destinado ao resto do mundo. A companhia ainda acrescentou que a vacina seria acessível a todos.