Segundo informações publicadas pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) nesta segunda-feira (23), a demanda por voos domésticos nesta semana caiu 75% em relação ao mesmo período de 2019. A queda acentuada aconteceu por conta da pandemia de coronavírus. A organização tem como associadas: Gol, Latam, MAP, Voepass e Two Flex.
A demanda por voos internacionais dessas mesmas empresas caíram 95% entre os dias 22 e 28 de março. O setor aéreo é um dos mais afetados pela pandemia de coronavírus. Entretanto, foi um dos primeiros a receber um pacote para conter a crise causada pela disseminação da doença.
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou, na última quarta-feira (18), uma Medida Provisória (MP) que tem como objetivo preservar as companhias aéreas dos impactos causados pela pandemia.
De acordo com o ministro, a MP de “socorro às aéreas” irá dar mais tempo para que as companhias devolvam aos clientes o valor das passagens que foram canceladas por conta do coronavírus. Assim, as aéreas terão até um ano para reembolsar os passageiros. A medida também tem como objetivo preservar o caixa das aéreas.
Freitas também anunciou que o governo suspenderá as tarifas aeroportuárias por meio de um decreto. Ademais, as outorgas de aeroportos concedidos também serão postergadas.
O projeto terá o auxilio de empréstimos de bancos públicos que darão suporte de liquidez para as aéreas. O Banco do Brasil (BBAS3), a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) serão as instituições financeiras responsáveis pelas concessões de crédito.
Segundo o ministro, as medidas servirão para proteger o setor que está enfrentando “mais cancelamentos do que vendas de bilhetes”.
“Foi uma queda muito abrupta tanto de [voo] internacional quanto do doméstico. As empresas têm custo em dólar, têm dificuldade em caixa e algumas medidas estão sendo tomadas para preservar o caixa dessas empresas. Sempre pensando o seguinte, o foco é o consumidor porque o que a gente não quer é ter quebra de empresas e ter descontinuidade na prestação de serviços porque depois que a crise passar a gente vai ter a dificuldade de oferta e isso vai ter impacto na tarifa”, afirmou o ministro sobre o impacto do coronavírus.