Coronavírus: crescimento econômico global será menor em 2020, diz FMI
O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou nesta quarta-feira (4) que o crescimento da economia global em 2020 ficará abaixo dos níveis de 2019. A nova projeção tem como base o avanço da epidemia de coronavírus (Covid-19).
De acordo com a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, o fundo revisará para baixo suas previsões de crescimento econômico já nas próximas semanas. Além disso, segundo Georgieva, a autoridade monetária está lutando contra a incerteza sobre o futuro do coronavírus.
Em nota, o fundo salientou que os impactos da doença já estão prejudicando as projeções econômicas globais.
“O impacto econômico e financeiro também foi sentido globalmente, criando incertezas e prejudicando as perspectivas de curto prazo. Estamos determinados a fornecer o apoio necessário para mitigar o impacto, especialmente nas pessoas e países mais vulneráveis”, informou o fundo em nota.
O comunicado divulgado pelo FMI comunicou ainda que os 189 países membros da organização estão reunidos para enfrentar os desafios relacionados à epidemia. Os integrantes do fundo reiteraram que estendem a simpatia a todas as nações afetadas.
“Estamos confiantes de que, trabalhando juntos, venceremos o desafio que enfrentamos e restauraremos o crescimento e a prosperidade para todos”, comunicou o FMI.
Avanço do coronavírus
O governo da Itália informou nesta quarta-feira que as aulas em escolas e universidades serão suspensas até 15 de março. A medida é uma forma de conter a propagação da doença no país, após 3 mil casos confirmados e 107 mortes em território italiano.
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No Brasil, o Ministério da Saúde informou que está investigando um possível terceiro caso positivo da doença em São Paulo. Os exames de contraprova estão sendo realizados nesta tarde. O número de suspeitas no País subiu para 488.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o coronavírus chegou a 72 países. Somente na China, epicentro do surto, são 2,9 mil mortes e 80,4 mil casos confirmados. Já na Coreia do Sul, que é o segundo país mais atingido pelo vírus, 5.621 casos foram confirmados, com 33 mortes.