Uma candidata a vacina de coronavírus (Covid-19) que foi desenvolvida pela SpyBiotech começou a ser testada em seres humanos na Austrália nessa terça-feira (8) em uma parceria com o maior fabricante do mundo de imunizações, o Serum Institute of India.
Essa vacina experimental tem origem na Universidade de Oxford e começou a ser testada em voluntários em estudos das fases I e II. Os testes estão sendo conduzidos pelo Serum Institute.
Sobre a técnica da imunização, a CEO do instituto e professora do Departamento de Medicina Nuffieldde Oxford, Sumi Biswas, explicou em entrevista a Bloomberg que “é uma tecnologia de supercola bacteriana que permite anexar antígenos a diferentes plataformas de administração de vacinas”.
Além disso, Biswas destacou que o coronavírus “definitivamente acelerou o desenvolvimento da plataforma da nossa empresa”.
OMS não espera vacinação ampla até meados de 2021
Segundo Margaret Harris, porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS), a instituição não espera uma vacinação ampla contra o novo coronavírus até meados de 2021. A informação foi revelada na manhã da última sexta-feira (4).
A OMS salientou a importância do processo de testagem e verificação da eficiência e segurança das vacinas que combatam o coronavírus. Segundo a organização, nenhuma das vacinas que estão sendo desenvolvidas, e que estão em testes avançados, demonstrou, até agora, “sinal claro” de eficácia em um nível mínimo buscado pela OMS, de 50%.
“Realmente não estamos esperando ver uma vacinação ampla até meados do ano que vem”, afirmou Harris durante um briefing da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, na Suíça. “Esta Fase 3 (de testes clínicos) tem que ser mais longa, porque precisamos ver quão realmente protetora a vacina é e também precisamos ver quão segura ela é”, disse a porta-voz. Ela, no entanto, não se referiu a qualquer vacina em desenvolvimento.
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