O ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, informou nessa segunda-feira (31) que o primeiro lote da vacina contra o novo coronavírus (Covid-19), que está sendo produzida no País, a Sputnik V, deve estar pronto já no início de setembro. A campanha de vacinação em massa, por sua vez, deve começar em outubro.
O site do ministério da Saúde da Rússia projeta que a população civil comece a ser vacinada no início do ano que vem. Além disso, a pasta salientou que mais de 20 países ao redor do mundo já encomendaram doses da vacina de Covid-19.
Murashko explicou que “a vacina será primeiramente dada para trabalhadores da área da saúde e professores”.
“Quanto à vacinação contra o coronavírus, neste momento, simultaneamente, o aumento da produção e a observação pós-registro estão em andamento. Em primeiro lugar, claro, as vacinas serão fornecidas para profissionais de saúde e professores, e isso [vacinação] será absolutamente voluntária”, sinalizou ele.
Vale destacar que apesar de já ter sido aprovada, a imunização russa ainda deve entrar na terceira fase de testes nessa semana, de acordo informou o site do governo americano ‘Clinical Trials’.
Essa etapa de testes deve contar com cerca de 40 mil voluntários, ao passo que 30 mil receberão a imunização e o restante receberá placebo. Segundo o ministro da Saúde, cerca de 2,5 mil pessoas já foram selecionadas para o teste.
Rússia registra oficialmente 1ª vacina do mundo contra coronavírus
O presidente do país soviético, Vladimir Putin, informou no último dia 11 que a Rússia registrou oficialmente a primeira vacina do mundo contra o novo coronavírus. Junto ao mandatário, em videoconferência televisionada, Murashko, afirmou que o teste imunológico mostrou eficácia e segurança.
“Sei que é bastante eficaz, que proporciona imunidade duradoura”, disse Putin na ocasião. O presidente russo, inclusive, chegou a dizer que uma de suas filhas já foi vacinada. Ela teria sido uma das participantes do experimento, e que teve um pouco de febre e “nada mais”.
O anúncio da autoridade russa aconteceu logo após o aviso da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizado na semana anterior, sobre das diretrizes estabelecidas para a criação segura de um medicamento que combata a nova doença. O temor da organização é que, em meio à corrida política pela pioneira descoberta por uma vacina, as etapas necessárias fossem negligenciadas.
Entretanto, o mandatário russo destacou que a vacina passou por testes adequados e provou-se segura.
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