O presidente do grupo Cosan (CSAN3), Luis Henrique Guimarães, afirmou, nesta quinta-feira (23), em teleconferência realizada com investidores, que a Comgás teve uma alta de 9% a 10% nas vendas de gás a residências. O avanço nas vendas foi contabilizado após o início da pandemia de coronavírus (Covid-19) no País.
De acordo com Guimarães, o setor residencial é responsável por 35% das margens da empresa e é um segmento que está ganhando força nos últimos anos. Vale destacar que a Comgás é controlada pela Cosan.
O presidente da Cosan prevê um impacto muito maior em volume do que em margens. Isso porque a empresa notou uma queda no consumo da indústria e do comércio.
Guimarães também falou sobre a produção de lubrificantes e óleos básicos, que foi reduzida para evitar acúmulo de estoques e efeitos financeiros a partir disso. “Na área de lubrificantes, tivemos uma parada repentina em todos os países de operação, com postergação ou atraso dos pedidos”, disse o presidente da Cosan referindo-se a subsidiária ‘Moove’, responsável pela produção e distribuição desses produtos.
O executivo chamou a atenção para o modelo de operação da Moove, que concentra seus estoques na empresa, diferente das concorrentes, que deixam seus estoques no canal de distribuição. “Devemos voltar com boa marca e boa distribuição disponíveis”, finalizou o presidente da Cosan.
Impactos na venda de açúcar da Raízen, segundo a Cosan
De acordo com informações divulgadas pela Cosan, na última sexta-feira (17), as vendas de açúcar da Raízen Energia ainda não sofreram impactos consideráveis por conta da crise do coronavírus, que tem afetado a receita de diversas empresas.
Em nota ao mercado, a Cosan afirmou que “no açúcar, as vendas já haviam sido contratadas para a safra 2020/21 que acaba de iniciar, não tendo apresentando impactos relevantes na sua programação de comercialização”.
Entretanto, por conta da queda na demanda por combustíveis, a Cosan notou um diminuição nas vendas de etanol. As vendas da Raízen Combustíveis em gasolina e etanol tiveram queda de 50%. No segmento de diesel, a queda foi de 25%, comunicou a Cosan.