Coronavírus: CVM pede análise cuidadosa dos efeitos
A Comissão de Valores Imobiliários (CVM), orientou, nesta terça-feira (10), que as empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) observem os efeitos que o coronavírus causou em seus balanços.
A CVM salientou que as empresas cotadas podem divulgar projeções e estimativas referente aos impactos do coronavírus que julgarem relevantes.
O fechamento de fábricas na China, fornecedoras de empresas brasileiras, por causa do coronavírus, tem gerado dificuldades para obtenção de materiais e insumos em setores como o de eletroeletrônicos.
A comunicação do órgão que fiscaliza o mercado de capitais do Brasil salientou que “as áreas técnicas da CVM destacam a importância de as companhias abertas e seus auditores independentes considerarem cuidadosamente os impactos do Covid-19 (doença provocada pelo novo coronavírus) em seus negócios e reportarem nas demonstrações financeiras os principais riscos e incertezas”.
Relação entre coronavírus e resultados das empresas
Entre as recomendações fornecidas pelo órgão regulador, está o fato que as empresas que ainda estão analisando o balanço do primeiro trimestre desse ano se atentem aos efeitos negativos que o coronavírus pode acarreta.
Por outro lado, as que ainda estão por finalizar os relatórios do quarto trimestre de 2019 devem incluir os efeitos do surto em seus balanços.
Em nota, a CVM comunicou que “entre os diversos riscos e incertezas aos quais as companhias estão expostas, especial atenção deve ser dada àqueles eventos econômicos que tenham relação com a continuidade dos negócios e/ou às estimativas contábeis”.
Entre as empresas que mais deverão ser afetadas pelo coronavírus, está a Petrobras (PETR3; PETR4). Isso pois a estatal petrolífera estava sendo favorecida com os óleos menos poluentes dos transportes marítimos globais, que registraram uma queda no comércio internacional.
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A Vale (VALE3), em seus relatórios referente ao desempenho de 2019, indicou o coronavírus como raiz de incerteza em alguns de seus mercados, incluindo o de minério de ferro, seu principal produto.
Ao falar dos impactos do coronavírus na economia, a mineradora reforçou “o preço do minério de ferro pode ser impactado no curto prazo por tais incertezas e pelo sentimento geral, mas deve se recuperar, em resposta à atividade de reestocagem e políticas de estímulo”.