Coronavírus: China corrige balanço e número de mortes vai a 4.632
A China corrigiu seu balanço do novo coronavírus (Covid-19) e adicionou 1.290 mortes em Wuhan, primeiro epicentro do vírus. Dessa forma, o total de vítimas pela pandemia no país chegou a 4.632. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (17) pela agência de notícias estatal “Xinhua”.
Somente em Wuhan, na província de Hubei, região central da China, são 3.869 mortos pelo coronavírus. O número aumentou quase 50% após a revisão dos números do governo chinês. O número de casos da doença no país mais populoso do planeta foi ampliado para 50.333.
O governo de Wuhan afirmaram que os números foram alterados para incluir pessoas que morreram em suas residências. Além disso, os números do balanço foram mudados, segundo as autoridades, para contabilizar as informações apresentadas por hospitais que estavam sobrecarregados durante o pico da pandemia no país.
De acordo com as informações dadas à agência, o novo número foi atingido depois da revisão das informações divulgadas pelos hospitais, crematórios e dos testes realizados antes de março. Também foram considerados os relatórios publicados por casas de repouso e penitenciárias.
Questionamentos acerca da origem do coronavírus e informações chinesas
Os dados oficiais de Pequim de contágios e mortes provocadas pela pandemia levantam suspeitas há semanas. Na divulgação desta sexta-feira, as autoridades chinesas insistiram em que não ocultaram informações, mas que ocorreram “omissões” e “atrasos”.
Fontes de agências de inteligência do governo dos Estados Unidos, epidemiologistas, e os próprios residentes de Wuhan desconfiam dos números apresentados pelo governo chinês desde o início da crise.
Nesta semana, o jornal norte-americano “The Washington Post” informou que a embaixada dos Estados Unidos em Pequim alertou há dois anos sobre falhas em procedimentos de segurança de um laboratório que estudava os coronavírus específicos em morcegos. Segundo o canal “Fox News”, a pandemia do novo coronavírus teria surgido neste laboratório após um erro involuntário.
De acordo com o Nobel de Medicina de 2008, Luc Montagnier, diferentemente do que divulgaram as autoridades, o novo coronavírus foi fabricado artificialmente no laboratório chinês. As declarações foram realizadas nesta sexta-feira para a rádio francesa Frequénce Médicale.
O cientista francês afirmou que “o laboratório de alta segurança da cidade de Wuhan é especializada nesse tipo de vírus, o coronavírus, desde o começo dos anos 2000″.
Montagnier disse que os chineses estariam desenvolvendo uma vacina contra a Aids, e usaram um coronavírus para isso. “A história que veio de um mercado de peixes é uma lenda”, disse.