Coronavírus: Chile e República Tcheca anunciam corte de juros
Como forma de minimizar os impactos econômicos causados pela pandemia de coronavírus, o Chile e a República Tcheca anunciaram cortes em suas taxas de juros nesta segunda-feira (16).
O Banco Central do Chile reduziu os juros em 0,75 ponto percentual. Com isso, a taxa básica de juros do país caiu para 1%. Além disso, o governo chileno anunciou uma série de medidas para assegurar o bom funcionamento do mercado financeiro em meio ao surto de coronavírus.
Segundo o comunicado divulgado pelo governo do país latino-americano, a doença afetará negativamente a economia, as famílias e as empresas. Por conta disso, o banco central chileno anunciou uma linha de financiamento para as instituições financeiras, condicionada ao aumento dos empréstimos dos bancos.
A autoridade monetária do Chile anunciou ainda um programa de compra de bônus bancários de até US$ bilhões. Além disso, o banco central do país informou que estenderá o prazo do programa de venda de divisas até o dia 9 de janeiro de 2021.
“Embora os dados econômicos no país ainda não incorporem os efeitos dessas disrupções, o ritmo do avanço da doença no país as medidas sanitárias já adotadas, junto com a revisão do que está acontecendo em outros países, sugerem que os impactos nas vendas e fluxos de caixa das empresas afetadas podem ser significativos, em particular para pequenas e médias empresas”, diz o comunicado divulgado pelo governo do país.
Já na República Tcheca, o corte realizado pelo governo foi de 0,50 ponto percentual. Com isso, os juros caíram para 1,75%. As autoridades do país europeu informaram que a medida servirá para conter os impactos da doença na economia. O governo salientou ainda que um novo corte ocorrerá se for necessário.
FMI pode utilizar US$ 1 tri para conter coronavírus
O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou nesta segunda-feira que está preparado para mobilizar sua capacidade de empréstimo de US$ 1 trilhão para auxiliar os países no combate da pandemia do novo coronavírus.
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De acordo com a diretora-gerente do fundo, Kristalina Georgieva, o FMI tem US$ 50 bilhões em fundos de emergência flexíveis, com US$ 10 bilhões disponíveis sem taxas de juros. Além disso, o fundo tem 40 acordos de empréstimos em tramitação pelo valor de US$ 200 bilhões.
“O FMI está pronto para mobilizar a capacidade de empréstimo de US$ 1 trilhão para ajudar nossos membros. O mundo deve estimular de forma conjunta e coordenada a economia global, como fez durante a crise de 2008, para enfrentar os efeitos da pandemia do coronavírus“, disse Georgieva.