Coronavírus: carteira de ações do BNDES encolhe R$ 5,8 bi com epidemia
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comunicou que sua subsidiária BNDESpar obteve um prejuízo de R$ 5,8 bilhões em sua carteira de ações por conta da epidemia de coronavírus. A informação foi divulgada pelo presidente do banco, Gustavo Montezano, nesta quarta-feira (29).
O prejuízo foi motivado pela desvalorização das empresas que o banco estatal tem participação em meio a desaceleração das bolsas de valores globais com o aumento do número de casos de coronavírus. A BNDESpar possui uma carteira de ações de cerca de R$ 115 bilhões.
Segundo Montezano, o prejuízo obtido nos últimos dias intensifica o objetivo do banco de se desfazer de parte dos ativos que possui até 2022. A medida é uma forma de evitar os riscos de mercado.
“O BNDES é um dos maiores hedge funds do mundo. Nossa carteira de ações é totalmente despropositada para o objetivo que a gente quer no banco, que é ser um facilitador entre a iniciativa privada e o governo para quem quer ajudar o Brasil”, informou o presidente do banco de fomento.
O presidente do banco declarou ainda que o BNDES não pretende ganhar dinheiro de forma especulativa. Segundo Montezano, a população foi a principal afetada com as perdas da instituição motivadas pela expansão do vírus.
Confira algumas das empresas que a BNDESPar possui participação e que estão operando em queda:
Coronavírus
No dia 31 de dezembro, autoridades chinesas emitiram um alerta à Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre muitos casos de pneumonia com origem desconhecida na cidade de Wuhan. No dia 11 de janeiro, a primeira morte pelo coronavírus foi confirmada.
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No dia 13 de janeiro, a primeira pessoa a ser infectada pelo vírus fora da China foi confirmada. Era uma mulher, na Tailândia, que havia voltado de Wuhan há pouco tempo. Após oito dias, os Estados Unidos confirmaram o primeiro caso no país, na cidade de Washington.
Com o aumento desenfreado de casos, a OMS corrigiu a avaliação de risco do coronavírus de moderado para alto na última segunda-feira (27). A organização informou, em seu relatório sobre a situação, que a classificação anterior como “moderado” foi um “erro de formulação”.
