Coronavírus: Brasil é um dos 38 países a confirmar transmissão local da doença

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 38 países já confirmaram casos de transmissão local do coronavírus (Covid-19), entre eles o Brasil. As informações foram divulgadas na última quinta-feira (5).

Os países que registraram casos do coronavírus, no entanto, sem transmissão local, tratam apenas de casos importados ou possuem casos que ainda estão sendo averiguados.

A transmissão interna é levada em consideração quando a infecção ocorre no mesmo local de notificação de um caso, ao menos, suspeito. Isso aconteceu com duas brasileiras que tiveram contato com o primeiro hospedeiro do vírus no Brasil, o qual esteve na Itália em fevereiro.

O alerta gerado pelas confirmações de transmissão local do vírus indicam que o coronavírus já circulou entre os cidadãos do País. Entretanto, essa condição ainda é controlável, uma vez que ainda é possível identificar a origem da contaminação nas vítimas.

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A situação passa a ser mais grave quando se torna uma transmissão comunitária, cenário onde o número de casos é tão alto que o estabelecimento de uma cadeia de transmissão é impraticável.

Segundo a OMS, mais de 95 mil casos já foram confirmados em todo o mundo, com 3,28 mil mortes. No entanto, o hospital norte-americano Johns Hopkins informou, nesta sexta-feira (6), que o número de casos pela epidemia já ultrapassou 100 mil.

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Embora a maioria de casos e mortes estejam concentrados na China, outros três países estão em estado de alerta máximo: Coreia do Sul, Itália e Irã. Juntos, as quatro nações possuem 97% de todos os registros do planeta.

Por meio de uma entrevista coletiva realizada na última quinta-feira, a diretoria da OMS solicitou aos países que “não desistam” de conter a epidemia, mesmo diante de uma cada vez mais evidente expansão global. “Essa epidemia é uma ameaça para todos os países, ricos e pobres. A solução é a preparação agressiva”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da organização.

Mobilizações contra o coronavírus

O Fundo Monetário Internacional (FMI) liberou aproximadamente US$ 50 bilhões (R$ 232,98 bilhões), por meio de linhas de financiamento de emergência de desembolso rápido, para países de baixa renda e mercados emergentes que estão passando por dificuldades em decorrência do surto global.

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Já o Senado dos Estados Unidos aprovou um pacote de US$ 8,3 bilhões (cerca de R$ 38 bilhões) para financiar medidas contra o avanço da doença. A decisão foi aprovada com 96 votos favoráveis e um contrário. O país já possui mais de 230 casos confirmados.

Segundo o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, o coronavírus “representa um risco material para as perspectivas econômicas”.

O presidente do Banco Central norte-americano salientou, na última terça-feira (3), que a mudança no balanços de riscos, alavancada pelo coronavírus, fez com que a autoridade monetária do país realizasse seu primeiro corte emergencial da taxa de juros desde a crise subprime de 2008, de 0,50%, permanecendo na faixa de 1% a 1,25%.

Jader Lazarini

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