Coronavírus: Bolsas na China devem ficar fechadas até a próxima segunda-feira

Os mercados financeiros da China ficarão fechados até, no mínimo, a próxima segunda-feira (3). As autoridades chinesas estenderam o feriado do Ano Novo Lunar para tentar tomar novas medidas que possam conter a propagação do coronavírus. A Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China, entretanto, não se manifestou oficialmente sobre a parada do mercado financeiro.

Ainda não há informações sobre as bolsas de valores de Xangai e Shenzhen que, inicialmente, estavam programadas para voltarem a operar na sexta-feira (31).

A segunda maior bolsa de valores do mundo, a da China, operou pela última vez no dia 23 de janeiro. Nesta data, o índice de referência de Xangai fechou em baixa de 2,8%. Foi a pior véspera do Ano Novo Lunar em 30 anos.

Em 2003, no mês de maio, quando houve o surto da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), as autoridades prorrogaram a suspensão das negociações no mercado financeiro chinês por quatro sessões.

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Já são 2744 casos de coronavírus na China, sendo que foram registradas 81 mortes até o momento. No último domingo (26), autoridades informaram que há dificuldades de conter a disseminação da doença, mesmo com as medidas impostas, como as restrições de deslocamento.

OMS não declarou emergência mundial sobre o coronavírus

Apesar da preocupação com o vírus, a Organização Mundial de Saúde (OMS) não declarou emergência mundial sobre o surto. Entretanto, o presidente da unidade de emergência do órgão afirmou que a OMS estava dividida sobre o assunto, mas no final optaram por não declarar a situação de emergência.

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O surto de coronavírus na China pode ter sérias conseqüências econômicas para o setor de turismo global, de acordo com o Conselho Mundial de Turismo e Viagens (WTTC).

“Casos anteriores mostraram que o fechamento de aeroportos, cancelamentos de voos e fechamentos de fronteiras geralmente têm um impacto econômico maior do que a própria epidemia”, disse a presidente do WTTC, Gloria Guevara, sobre o coronavírus, em entrevista à AFP.

Juliano Passaro

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