Coronavírus: BCE está pronto para agir contra epidemia, diz Lagarde

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, afirmou nesta segunda-feira (2) que a instituição está pronta para tomar medidas para combater os impactos da epidemia de coronavírus.

De acordo com Lagarde, o BCE está acompanhando as consequências econômicas do coronavírus. Com isso, a instituição está desenvolvendo medidas para conter os reflexos da doença.

“O BCE está monitorando de perto os desenvolvimentos e suas implicações para a economia. Estamos prontos para tomar medidas apropriadas e direcionadas, conforme necessário e proporcionais aos riscos subjacentes”, afirmou Lagarde.

A presidente do banco salientou que a epidemia é uma situação que muda muito rapidamente. Como consequência, são gerados riscos às perspectivas econômicas e ao funcionamento dos mercados financeiros.

O vice-presidente da instituição europeia, Luis de Guindos, afirmou ainda que os bancos centrais globais estão conversando sobre os impactos da doença. Segundo Guindos, esta é uma medida que acontece durante períodos de volatilidade econômica.

Outros bancos centrais também anunciam medidas

Além do BCE, o Federal Reserve (Fed), banco central norte-americano, também informou que tomará medidas para apoiar a economia em meio a expansão do vírus. O presidente do Fed, Jerome Powell, mencionou que um possível corte na taxa de juros do país é uma das alternativas que poderá ser tomada.

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O presidente do Banco Central do Japão, Haruhiko Kuroda, também ressaltou que a autoridade monetária se comprometerá a fazer medidas que possam garantir a estabilidade dos mercados financeiros em meio à epidemia.

“O Banco do Japão acompanhará de perto os desenvolvimentos futuros e se esforçará para fornecer ampla liquidez e garantir a estabilidade nos mercados financeiros por meio de operações de mercado apropriadas e compra de ativos”, afirmou Kuroda.

O Banco da Inglaterra também comunicou que está monitorando os impactos da doença nos bancos do Reino Unido.

Coronavírus deve afetar crescimento econômico global

O coronavírus (Covid-19) fará com que a economia global em 2020 cresça 2,4%, menor nível de expansão desde 2009, durante a crise financeira mundial, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Saiba mais: Coronavírus: OCDE prevê o menor crescimento global desde 2009

A estimativa anterior era um crescimento de 2,9%. “As perspectivas econômicas globais permanecem moderadas e muito incertas devido ao surto”, destacou a organização em um relatório, citando o risco de retração na economia global na primeira metade deste ano.

A OCDE informou que espera um crescimento econômico chinês a uma taxa de 4,9%, frente a expectativa anterior de 5,7%, divulgada em novembro de 2019. Além disso, com as consequências do coronavírus, organização espera que em 2021 a China volte a crescer em maior ritmo, a 6,4%.

Giovanna Oliveira

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