Coronavírus: BCE prepara estímulos à manutenção de crédito
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou, nesta terça-feira (7), medidas para a manutenção de crédito a empresas da zona do euro que sofrem com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Os estímulos farão com que bancos que procurem a instituição monetária central tenham regram flexibilizadas.
O BCE, portanto, informou que está afrouxando as regras para garantias colaterais para empréstimos às instituições financeiras de forma temporária. Dessa forma, os bancos podem utilizar uma variedade maior de ativos financeiros como garantias ao BCE, podendo captar mais capital dadas as quantias de colateral. A crise econômica gerada pelo coronavírus demanda mais liquidez no mercado para empresas e famílias.
O intuito é dar suporte aos bancos da zona do euro para que mantenham os empréstimos a companhias, e para que apresentem menos motivos para barrar a concessão de crédito durante os efeitos da pandemia.
O BCE irá reduzir os cortes na avaliação de garantias em uma taxa fixa de 20% e passará a aceitar a dívida do governo grego como garantia, por mais que esses títulos estejam abaixo do grau de investimento aceitável.
A pandemia fez com que a maior parte da economia da Europa fosse paralisada, com o intuito de conter sua disseminação, o que pode acarretar em uma forte recessão. O Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços da zona do euro caiu para 26,4 pontos em março, o mínimo da série histórica. As informações foram divulgadas na última sexta-feira (3) pelo IHS Markit.
Dessa forma, o medo de que os bancos parem de emprestar à empresas, podendo leva-las à insolvência, aumenta. Por isso que o BCE diz que tomará ações “sem precedentes” para flexibilizar as condições econômicas e financeiras do Velho Continente.
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“As medidas dão apoio coletivamente à oferta de empréstimos bancários, especialmente facilitando as condições em que os créditos são aceitos como garantia”, informou a autoridade monetária no comunicado.
“O BCE está aumentando sua tolerância ao risco para apoiar a provisão de crédito por meio de suas operações de refinanciamento, principalmente pela redução consistente dos cortes na avaliação de garantias para todos os ativos”, diz a nota. A medida permanecerá vigente durante o avanço do coronavírus, e deverá ser revista no fim do ano.