Coronavírus: BC da China continuará política monetária expansiva
O Banco Central da China vai continuar mantendo uma política monetária prudente por causa do surto de coronavírus. A declaração foi realizada neste sábado (15) pelo vice-presidente da instituição monetária central Chinesa, Fan Yifei.
Durante uma entrevista coletiva, o vice-presidente do Banco do Povo da China (PBoC), nome oficial da instituição monetária central de Pequim, salientou que é pouco provável que a inflação suba acentuadamente por causa dos efeitos do coronavírus.
Segundo Fan, o índice de empréstimos com baixo desempenho permaneceu relativamente pequeno na China. E isso abriu espaço para um aumento do apoio a empresas cujas atividades foram atingidas pelos efeitos do contágio.
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“Apoiaremos empresas qualificadas para que possam retomar o trabalho e a
produção o mais rápido possível, ajudando a manter a economia estável e
minimizando o impacto da epidemia”, declarou o funcionário do BC da China.
Injeção de liquidez contra o coronavírus
No começo de fevereiro o Banco Central chinês injetou liquidez por um valor total de 1,2 trilhão de yuans (cerca de US$ 174 bilhões ou R$ 750 bilhões) nos mercados. A decisão da autoridade monetária central chinesa ocorreu em meio aos temores dos efeitos econômicos negativos do surto de coronavírus.
Pequim tinha deixado claro que teria utilizado várias ferramentas de política monetária para garantir que a liquidez nos mercados permaneça razoavelmente ampla.
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As autoridades chinesas apoiarão as empresas afetadas pela epidemia. As operações de injeção de liquidez ocorrerão através de recompra reversa de títulos.
O número de vítimas do coronavírus na China superou as 15.500 pessoas, com mais de 66 mil infectados. A epidemia está se espalhando também em outros continentes, com a França que registrou neste sábado o primeiro óbito decorrente do contágio, e o primeiro caso do vírus foi identificado na África. Outros 505 casos já foram confirmados em 24 países.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou na última quarta-feira (12) que não é possível prever quando o avanço da epidemia será controlado. “O surto ainda pode ir para qualquer direção”, afirmou o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
No entanto, Ghebreyesus salientou que por conta da quarentena em Wuhan, epicentro do coronavírus, o número de casos em outros países está diminuindo. Com isso, o ritmo de contágio da doença não parece agressivo fora do país asiático.