Bancos brasileiros terão sua resiliência testada, diz Fitch

A agência de classificação de risco, Fitch, disse em nota que os efeitos negativos do coronavírus na economia devem testar a resistência dos bancos brasileiros.

Em nota, a Fitch ainda afirmou “no entanto, o impacto no rating causado pelo coronavírus, se tiver, dependerá da duração e severidade das medidas para reduzir o avanço da pandemia sobre a economia real”

Após redução nas projeções de crescimento é esperado também uma queda também nos lucros das instituições financeiras.

Segundo a agência, o Banco central do Brasil (BC), está trabalhando para amenizar os impactos da doença no mercado financeiro.“Cortes na taxa de juro doméstica devem ocorrer”, declarou a Fitch.

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Entretanto, as medidas de proteção contra o coronavírus como a quarentena, podem interferir nos níveis de empregos e no desempenho da carteira de empréstimos dos clientes de varejo.

Já os clientes corporativos sentirão os efeitos provenientes das companhias aéreas, empresas de petróleo, construção civil e até mesmo de varejistas.

A Fitch considera que a qualidade dos ativos dos bancos estatais podem ser afetadas pela necessidade de recursos emergenciais destinados a empresas de pequeno e médio porte.

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O lucro dos bancos de investimentos também serão resumidos, pelo aumento do resgate de fundos. Esse resgate excessivo tende a diminuir também as receitas com tarifas de serviço e a quantidade de ativos.

Entretanto, os bancos que apresentam maior variação são os de médio porte, pois grande parte de seus clientes são empresas menores.

Coronavírus influencia na redução do PIB

Frente as medidas de prevenção contra o coronavírus, como a quarentena, escolas e comércios interromperam suas atividades.

Vale destacar que o setor de serviços é responsável por boa parte do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que teve suas expectativas de crescimento reduzidas essa semana.

O banco suíço Credit Suisse informou nesta terça-feira (17) que o crescimento do PIB do Brasil vai ser zero em 2020 por causa da epidemia de coronavírus (covid-19).

O Santander Brasil (SANB11) também reduziu suas projeções para o crescimento do PIB do Brasil em 2020 e 2021.

De acordo com o economista-chefe do Santander, Mauricio Oreng, a previsão de crescimento do PIB do Brasil em 2020 passou de 2%, da projeção anterior, para 1%. Além disso, a estimativa para 2021 caiu de 2,5% para 2%.

O Banco J.P. Morgan reduziu a projeção de expectativa do PIB brasileiro de 1,6% para -1%, nessa quarta-feira (18), também por cauda da crise do coronavírus

A Fitch destacou que os bancos tem estrutura para lutar com a necessidade liquidez monetária, mas ainda encontrarão dificuldades para renovar empréstimos no curto prazo.

Laura Moutinho

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