A atividade industrial da China caiu para uma mínima histórica em fevereiro de 2020. A redução foi impulsionada pela epidemia de coronavírus. As informações foram divulgadas nesta sábado (29) pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS, na sigla em inglês).
Segundo o BNS, com os impactos do surto de coronavírus, o Índice de Gerente de Compras (PMI) em fevereiro foi de 35,7 pontos ante 50 pontos do mês anterior. Quando está acima de 50, este indicador aponta expansão da atividade industrial. Entretanto, quando está abaixo, como registrado no mês passado, representa contração.
O número apresentado pelo governo chinês está abaixo das previsões dos analistas. A estimativa dos especialistas consultados pela agência de notícias “Bloomberg” era de 45 pontos, enquanto o jornal “The Wall Street Journal” apontava um índice de 43 pontos.
Além disso, o PMI registrado no mês de fevereiro é inferior ao nível alcançado durante a crise econômica global de 2008 e 2009. Na ocasião, o indicador variou entre 38,8 e 45,3 pontos.
De acordo com o escritório, os segmentos mais afetados pela doença foram o automobilístico e o de equipamentos especializados. No entanto, mesmo com os fortes impactos o governo da China prevê que a situação se normalize nos próximos meses.
“A epidemia de pneumonia pelo novo coronavírus teve mais repercussões (que o previsto) na produção e nas operações das empresas chinesas, mas parece caminhar para seu controle e o impacto na produção se atenua progressivamente”, ressaltou o BNS, em comunicado.
J.P. Morgan reduz projeção de PIB da China por coronavírus
O banco norte-americano J.P. Morgan reduziu a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China de 4,9% para 1% no primeiro trimestre deste ano, por conta da epidemia de coronavírus.
Saiba mais: Coronavírus: J.P. Morgan reduz previsão de PIB da China por conta da epidemia
Em contrapartida a redução entre os meses de janeiro a março, o J.P. Morgan aumentou a projeção do PIB para o segundo trimestre de 7% para 9,3%. Para o ano de 2020, o banco reduziu a estimativa de avanço econômico do país asiático de 5,8% para 5,4% com os efeitos do surto.
O fechamento das fábricas na China é um dos fatores que motivou a queda da previsão do banco. Além disso, segundo o relatório, a resposta política sem precedentes do governo chinês sobre o coronavírus leva a uma grande volatilidade econômica a curto prazo.
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