Coronavírus: Argentina anuncia medidas para conter impacto econômico
O governo da Argentina divulgou, na noite da última terça-feira (17), um pacote de medidas para conter o impacto econômico gerado pelo avanço do coronavírus (Covid-19).
Segundo o ministro da Economia, Martin Guzmán, e de Desenvolvimento Produtivo, Matías Kulfas, serão gastos 100 milhões de pesos argentinos (cerca de R$ 8,03 milhões) em obras públicas para que a economia do país possa fazer frente ao coronavírus. A economia da Argentina está em recessão há dois anos.
“Estamos aqui para tomar ações decisivas para garantir que a atividade econômica irá funcionar”, afirmou Guzmán.
As medidas anunciadas pelo governo de Alberto Fernández também incluem a isenção fiscal para empresas dos setores mais atingidos, como turismo, o fortalecimento do seguro-desemprego e do Programa de Recuperação Produtiva (Repro). O programa visa mitigar as demissões em todo o país.
O governo também lançará, juntamente ao banco central, um pacote de 350 bilhões de pesos (R$ 28,11 bilhões) em crédito mais acessível para sustentar a produção de alimentos e financiar as empresas argentinas em meio à crise.
Além disso, Guzmán e Kulfas, também anunciaram pagamentos únicos para aposentados e pessoas inclusas no programa social do país, as mais vulneráveis ao vírus. Outra determinação é o estabelecimento por 30 dias de um limite de preços de produtos com alta demanda neste momento, desde alimentos até equipamentos médicos.
A Argentina confirmou 65 casos do Covid-19, com vítimas fatais. O país fechou as fronteiras e determinou medidas drásticas de isolamento para conter o avanço da doença entre a população.
O coronavírus já atingiu mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, levando a cerca de 8 mil mortes, de acordo com a universidade norte-americana Johns Hopkins. 81 mil das infecções, cerca de 40% do total, foram registrados na China, que já tem sob controle a propagação do vírus.