Coronavírus: Anvisa restringe remédio citado como tratamento
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passará a exigir retenção de receita para a venda do remédio hidroxicloroquina. O medicamento, que é usado para malária, foi citado pelo presidente norte-americano Donald Trump, como possível tratamento para o novo coronavírus (Covid-19).
De acordo com o órgão, a medida foi tomada devido ao grande número de buscas pelo medicamento após a declaração do presidente Trump sobre possível tratamento do coronavírus. A restrição do remédio, segundo a Anvisa, é para garantir o fornecimento do produto ao mercado.
Além de malária, pessoas que tratam lúpus e artrite reumatoide dependem da medicação, portanto, a medida do órgão é para que essas pessoas não sofram com a escassez do remédio.
A Anvisa informou que as drogas são alvo de testes para a Covid-19. Porém, não houve provas eficazes que comprovasse seu efeito na doença. Apesar de ser um estudo que não possui provas, o medicamento acabou em algumas farmácias do País.
O remédio, que antes precisava apenas de uma receita simples, precisará agora de uma prescrição em receita especial, em duas vias.O órgão ressalta que os pacientes que já estavam sendo tratados por esse medicamento podem continuar usando a receita simples até o próximo mês.
EUA descobriram remédio contra coronavírus, diz Trump
O presidente Donald Trump declarou, na quinta-feira, que o país descobriu um medicamento que poderá ser utilizado para a cura do coronavírus.
De acordo com o presidente, o remédio poderá ser aprovado em breve pelo órgão regulador de medicamentos dos EUA, o Food and Drugs Administration (FDA). A droga hidroxicloroquina já é utilizada no tratamento da malária.
Trump afirmou que todos os cidadãos que possuírem prescrição médica poderão adquirir o remédio. Segundo o mandatário, o medicamento poderá ser distribuído tanto em consultas médicas quanto em hospitais.
“Os médicos vão distribuir o medicamento, os Estados também, vai ser excelente. Esse pode ser ou não o momento de virada. Estados individuais lidam com isso, médicos lidam com isso, acho que vai ser ótimo”, afirmou o presidente norte-americano durante uma entrevista coletiva.
Além disso, o presidente ressaltou ainda que um dos benefícios é que o remédio já é utilizado, portanto, passou por testes e já foi aprovado. “Se você começa a desenvolver uma droga do zero, não sabe o que vai acontecer”, disse Trump.
Durante a coletiva com jornalistas, um dos membros da FDA, Stephen Hahn, afirmou que a entidade está realizando uma série de testes com a droga para descobrir mais sobre os efeitos no coronavírus e para entender em qual dose deverá ser utilizada.
