Coronavírus: doença atinge 23 milhões de infectados, com 800 mil vítimas

O novo coronavírus (Covid-19) atingiu a marca de 23 milhões de infectados em todo o mundo. Além disso, já são contabilizadas 800 mil mortes, de acordo com um relatório divulgado pela Universidade John Hopkins no último sábado (22).

Segundo a universidade, mais de 50% das vítimas foram notificadas em apenas quatro países: Estados Unidos (176.372), Brasil (114.250), México (60.254) e Índia (56.706). Esses quatro países somam 12,8 milhões de contaminados pelo coronavírus.

A China, país que originou a doença, contabiliza 4.710 mortes e aproximadamente 90 mil casos. A pandemia já chegou a 188 países desde que a China notificou a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 31 de dezembro de 2019.

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A relação de mortes por milhão de habitante nos dois países mais afetados pela doença está em 537,3 e 545,3, respectivamente, em Estados Unidos e Brasil. A taxa de letalidade da doença, na mesma base comparativa, está em 3,1% e 3,2% nos dois países.

A OMS estima que, no mundo, a taxa de letalidade do coronavírus fique em torno de 0,6% — número de que ajustado conforme novos estudos são realizados. A gripe sazonal possui uma taxa de letalidade seis vezes menor.

No último sábado, Michael Ryan, diretor de emergências da OMS, afirmou que a desaceleração da pandemia se estabilizou no Brasil e que as Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) estão sob menor pressão do que no início. No entanto, Ryan pontuo que isso não significa que o país tenha conseguido controlar a transmissão do vírus.

“Podemos ter a impressão de que as coisas estão melhorando, mas precisamos de medidas efetivas para diminuir a transmissão no Brasil. A pergunta agora é se esse padrão de declínio será mantido”, disse o diretor da organização.

A principal preocupação da OMS atualmente é o ressurgimento de casos da Covid-19 em vários países que, devido à queda nos números de infecções e mortes, reduziram as medidas de controle à doença. A Itália, primeiro país fortemente impactado pela pandemia no Ocidente, registrou, pela primeira vez desde o fim de maio, mais de mil infecções no último sábado.

Rússia registra 1ª vacina oficial contra o coronavírus e inicia produção

O Ministério da Saúde da Rússia informou que iniciou a produção do primeiro lote da vacina contra a Covid-19 no dia 15 de agosto. “A produção de uma vacina contra a infecção por coronavírus desenvolvida pelo Centro de Pesquisa Gamaleya do Ministério da Saúde da Rússia, já começou”, disse a pasta em comunicado. Até janeiro do ano que vem está prevista a produção de cinco milhões de doses mensais.

Segundo o governo russo, a imunização foi testada em animais antes de ser aplicada em humanos, e, menos de dois meses depois, os humanos começaram a ser testados. No total, foram 38 pessoas e o Instituto Gamaleya não publicou nenhum resultado e nenhum estudo sobre os testes aplicados.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou há cerca de duas semanas que “sei que [a vacina] é bastante eficaz, que proporciona imunidade duradoura”. O anúncio governo russo ocorre logo após o aviso da OMS acerca das diretrizes estabelecidas para a criação segura de um medicamento que combata o coronavírus. O temor da organização é que, em meio à corrida política pela pioneira descoberta por uma vacina, as etapas necessárias sejam negligenciadas.

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Jader Lazarini

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