O governo do Estado de São Paulo comunicou a autoridades federais estar impossibilitado de enviar todos os dados requisitados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) envolvendo a Coronavac. De acordo com informações da CNN Brasil, a razão seria um acordo de confidencialidade firmado entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês Sinovac.
De acordo com a reportagem, o Instituto Butantan deixou de fornecer seis itens que as autoridades federais consideram essenciais para a liberação do uso emergencial da Coronavac.
O problema se dá pois, se por um lado o governo de São Paulo diz não poder encaminhar todas as informações por força de contrato, por outro a Anvisa não pode conceder uma autorização sem antes analisar os dados.
O imbróglio fica ainda pior, visto que, ainda de acordo com a CNN Brasil, uma resolução para uso emergencial da agência reguladora elaborada em novembro diz que os dados devem se tornar públicos depois da liberação.
Segundo o veículo, um dos itens pendentes para análise da Coronavac é o chamado “Dados de eficácia e de segurança de análises de subgrupos por status de infecção prévia e por faixas etárias”.
Coronavac teria eficácia inferior a 60%
Mais cedo nesta sexta-feira (11), o UOL publicou uma reportagem, citando duas pessoas que têm acesso ao estudo do Butantan, informando que a Coronavac registrou uma eficácia inferior a 60%.
Apesar da taxa substancialmente mais baixa em relação àquela anunciada pelo governo de João Doria (PSDB), referente à eficácia clínica (que mede a capacidade de prevenção da doença em casos mais leves), de a 78%, a vacina continua acima do mínimo determinado pela Anvisa de 50%.
De acordo com o governo paulista, a taxa de eficácia geral da Coronavac será revelada nesta terça-feira (12) pelo Instituto Butantan.