A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou nesta terça-feira (1) o uso emergencial da Coronavac, produzida com insumo chinês.
Esse é o segundo imunizante desenvolvido na China aprovado pela OMS. A coronavac é a vacina mais aplicada no Brasil contra o coronavírus até o momento.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a vacina “atende aos padrões internacionais de segurança, eficácia e de fabricação”, enquanto o armazenamento fácil do imunizante torna ele “adequado para cenários de poucos recursos”.
Diante da aprovação, a vacina pode fazer parte do consórcio Covax, o qual leva esses imunizantes para países com menos recursos para competir no acirrado mercado de compra de vacinas. No caso do Brasil, parte das 42 milhões de doses que o País tem direito via consórcio já foram recebidas.
Além disso, com a autorização, também existe a possibilidade de brasileiros imunizados com a vacina serem aceitos em locais adeptos ao “passaporte de vacinação”.
Desta forma, confira os imunizantes aprovados pela OMS para uso de emergência contra a covid-19:
- Vacina da Pfizer/BioNTech,
- Oxford/AstraZeneca,
- Johnson & Johnson,
- Sinopharm,
- Moderna
Coronavac, com insumo da chinesa Sinovac, é a mais usada no Brasil
Segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS), oito em cada 10 doses contra o novo coronavírus no Brasil até agora são da Coronavac. Desde janeiro, o instituto já entregou 38,2 milhões de doses – 22,7 milhões apenas em março. O insumo da Coronavac, produzida no Butantan, é fornecido pela chinesa Sinovac.
A vacina de origem chinesa não devem ser vendidas nos Estados Unidos, Europa ocidental ou Japão devido à complexidade do processo de aprovação, segundo o The Washington Post. Além disso, a China nunca apresentou dados de eficácia da vacina usada no Brasil, o que inibiu a tentativa de entrar nos países desenvolvidos.
Os dados apresentados sobre a eficácia da Coronavac em janeiro de 2021 eram do Instituto Butantan. Na ocasião, foi informado que resultado global de eficácia da vacina Coronavac de 50,38%.