A Coronavac, vacina produzida pela companhia chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo, teve uma eficácia inferior a 60% mas acima de 50%, o mínimo determinado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de acordo com a apuração do site “UOL”.
Segundo duas fontes com acesso ao estudo do Butantan revelaram ao portal “UOL”, o índice da Coronavac, que será apresentado oficialmente na próxima terça-feira (12) no instituto, aponta que a vacina é eficaz para atingir a imunidade coletiva e está dentro dos padrões da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Quem tomar a vacina criará anticorpos contra o novo coronavírus (covid-19). Desta forma, mesmo contaminado, o paciente terá apenas sintomas leves, que poderão ser tratados com medicação leve, revelaram as fontes.
Na semana passada, o governo João Doria (PSDB) havia anunciado, que a taxa de eficácia clínica (capacidade de prevenção da doença em casos mais leves) era de 78%.
Além disso, o secretário da Saúde de SP informou nesta segunda-feira (11): “Não é hora de sermos tão cientistas como estamos sendo agora”.
“O mundo está sendo cientista, mas ele está respeitando a vida, ele já está vacinando. Nós temos que seguir critérios de segurança mas iniciar a vacinação”, concluiu.
Butantan protocola pedido de uso emergencial da Coronavac à Anvisa
O Instituto Butantan entregou na manhã da última sexta-feira (8) o pedido de uso emergencial da vacina Coronavac à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A agência tem prazo máximo de dez dias para decidir se autoriza o uso do imunizante.
A Anvisa informou que já iniciou a triagem do documentos presentes na solicitação do Instituto Butantan e da proposta de uso emergencial que o laboratório pretende fazer da Coronavac.
“As primeiras 24 horas serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e checar se os documentos necessários estão disponíveis. Se houver informação importante faltando a Anvisa pode solicitar as informações adicionais ao laboratório”, informou a agência.
Na última quinta-feira (7), o Instituto desistiu de pedir o uso emergencial por ter faltado dados mais claros da eficácia. Portanto, os brasileiros já estavam na expectativa para que o pedido fosse entregue nesta sexta.
“A meta da Anvisa é fazer a análise do uso emergencial em até 10 dias, descontando eventual tempo que o processo possa ficar pendente de informações, a serem apresentadas pelo laboratório”, informou a agência.
A Coronavac é produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com Instituto Butantan.