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Taxa Selic deve ser mantida a 6,5% na primeira reunião do COPOM

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O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. (José Cruz/Agência Brasil)

O Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) decidirá nesta quarta-feira (6) a manutenção da taxa básica de juros, a taxa Selic Meta. A reunião teve início na véspera, e o resultado deve ser divulgado às 18h.

O mercado aposta que não haverá alteração, e a taxa Selic permanecerá no menor patamar histórico, a 6,5%, de acordo com o Boletim Focus divulgado na segunda-feira (4)

Caso o mercado esteja certo, esta será a sétima vez consecutiva que a taxa se manterá no menor nível desde 1986.

Provavelmente, esta será a última reunião comandada pelo atual presidente do BC, Ilan Goldfajn. O líder do órgão foi indicado pelo ex-presidente da República, Michel Temer.

Jair Bolsonaro, presidente do Brasil desde 1º de janeiro, já indicou Roberto Campos Neto para a chefia do Banco Central.

Entretanto, a aprovação do Senado é necessária para Neto assumir o posto.

Goldfajn entregará o bastão em meio a expectativas de inflação bem estabilizadas, facilitando as condições financeiras, e os mercados começam a atribuir alguma probabilidade a cortes residuais este ano”, constatou o Santander, em comunicado ao “G1”.

Saiba mais – Boletim Focus reduz fechamento do dólar a R$ 3,70 em 2019 

Calendário COPOM 2019

Confira abaixo quando ocorrerão as reuniões do COPOM em 2019:

Meta para a inflação em 2019

A manutenção da taxa Selic, pelo COPOM, tem por objetivo o cumprimento da meta de inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Assim, a taxa básica de juros é uma ferramenta para conduzir a política monetária do País.

Confira as metas estabelecidas pelo CMN para a inflação nos próximos anos:

Assim, há duas alternativas para guiar a manutenção dos juros:

  1. Projeções para inflação alinhadas à meta do CMN: o COPOM pode reduzir os juros básicos.
  2. Projeções para inflação não alinhadas à meta do CMN: o COPOM pode aumentar os juros básicos.

Nas últimas semanas, os investidores tem reduzido a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Mercado (IPCA) de 2019. No último Boletim Focus, a projeção caiu de 4% a 3,94%.

O IPCA é o indicador oficial da inflação no País, e é divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mensalmente.

Paralelamente, com as expectativas para o IPCA caindo, desceu também a estimativa para a taxa Selic: de 7% a 6,5%.

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