Copom não vê aumento da Selic de imediato mas sinaliza mudanças “em breve”

O Comitê de Política Monetária (Copom) reiterou que não vê necessidade de aumento imediato da taxa básica de juros (Selic), porém sinaliza que “em breve” as condições poderão não ser satisfeitas. O comitê divulgou a ata da última reunião do Banco Central (BC), que definiu a permanência da Selic em  2% ao ano, nesta terça-feira (15).

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Segundo o documento, o atual cenário supõe uma trajetória de juros que encerra 2020 em 2,00% a.a e se eleva até 3,00% a.a em 2021 e 4,50% a.a. em 2020. Na análise dos membros do Copom o atual nível de estímulo monetário, produzido pela manutenção da Selic, “está adequado”.

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No entanto, a ata aponta que a manutenção do cenário econômico do Brasil em 2021 e 2022 sugere que “em breve, as condições para a manutenção do forward guindance (indicação) podem não ser mais satisfeitas, o que não implica mecanicamente uma elevação da taxa de juros pois a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo extraordinariamente elevado frente às incertezas quanto à evolução da atividade”.

Copom vê alta da inflação temporária

No documento, os membros do Comitê apontaram que as últimas leituras de inflação foram acima do esperado. Além disso, a ata aponta que em dezembro, apesar do arrefecimento previsto para os preços dos alimentos, a inflação deve se mostrar elevada.

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Entretanto, o Copom indica que os choques atuais da pressão inflacionária são temporários, mas que segue monitorando sua evolução com atenção.

“O Copom avaliou que essas condições seguem satisfeitas: as expectativas de inflação assim como as projeções de inflação de seu cenário básico permanecem abaixo da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária; o regime fiscal não foi alterado; e as expectativas de inflação de longo prazo permanecem ancoradas”, informou o documento.

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Poliana Santos

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