Para a segunda semana do mês de dezembro, alguns eventos chamam a atenção dos investidores, tal como a reunião do Copom, a divulgação do IPCA e a cotação do Ibovespa, que retomou à seu nível pré-carnaval na última semana.
Diante disso, confira abaixo os 5 principais eventos que ocorrerão entre segunda-feira (7) a sexta-feira (11).
Copom
A reunião do Copom, do Banco Central (BC), para definir a política monetária do Brasil ocorrerá na próxima terça-feira (8) e quarta-feira (9).
Segundo o Itaú, as projeções de inflação do comitê no cenário base (que inclui taxa de câmbio seguindo paridade do poder de compra e taxa de juros de acordo com a pesquisa Focus) devem aumentar de 3,1% para 4,3% em 2020, e permanecer estáveis em 3,1% e 3,3% para 2021 e 2022, respectivamente.
Além disso, o banco prevê que o Copom mantenha a taxa Selic em seu nível mínimo histórico, de 2,00%, nas próximas reuniões.
IPCA
Entre segunda-feira (7) e terça-feira (8), será divulgado o Índice de preços ao consumidor amplo (IPCA), medidor oficial de inflação do País.
De acordo com analistas do Itaú, a projeção para inflação em 2020 foi revisada de 3,75% para 4,3%, entretanto, manteve a projeção para 2021, de 3,1%.
Para o banco Safra, que revisou o IPCA de dezembro, o índice foi de 0,84% para 1,31%, passando a projeção de 2020 de 3,9% para 4,4%.
Ibovespa
A primeira semana de dezembro apresentou um otimismo por parte dos investidores, com a autorização do uso emergencial da vacina contra covid-19 e com outros assuntos que foram destaques. O Ibovespa encerrou a última semana a 113 mil pontos e retomou ao nível pré-Carnaval.
O principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) encerrou o último pregão, sexta-feira (4), em alta de 1,30%, a 113.750,22 pontos. Portanto, a Bolsa superou o dia 21 de fevereiro, quando encerrou a 113.681 pontos, na sexta-feira pré-Carnaval, época em que os brasileiros ainda não tinham o conhecimento sobre os contágios da covid-19 no País.
Nesta semana, segundo a B3 (B3SA3), o Ibovespa acumulou uma valorização de 2,8% e o volume negociado chegou a R$ 31.569.826.563.
Além do Ibovespa, as bolsas globais apresentaram ânimo ao longo da semana. Os três principais índices das bolsas estadunidenses fecharam em máximas históricas. O Dow Jones subiu a 0,83%, o S&P 500 valorizou 0,88% e o Nasdaq teve alta de 0,7%.
Diante disso, os investidores estão atentos se o Ibovespa e as bolsas de Wall Street irão manter o fôlego e continuar subindo na segunda semana de dezembro.
Reeleição no Congresso
Para o âmbito político, as atenções do mercado seguem nas discussões de possíveis reformas e em relação às políticas fiscais, apesar de não haver programação para algum evento específico nesta semana.
Além disso, a votação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade de reeleição dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e Senado, Davi Alcolumbre segue no radar da semana.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu unificar e reabrir duas investigações sobre supostos pagamentos da empreiteira OAS ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. A informação foi divulgada na madrugada do último sábado (31) pelo jornal “O Globo”.
Segundo a publicação, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, autorizou a solicitação e determinou o envio dos autos à Polícia Federal (PF) para a reabertura da investigação.
Um dos inquéritos tem como base as trocas de mensagens entre Maia e o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro. Na investigação, em 2017, a PF concluiu que havia indícios de crime de corrupção passiva. Maia é suspeito de ter beneficiado a empreiteira em uma medida provisória em troca de recebimento de doações eleitorais.
Política monetária BCE
Na Europa, para a segunda semana de dezembro, ocorrerá a divulgação dos números de desemprego na Zona do euro na terça-feira (8), além da revisão do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2020.
Além disso, tal como o Copom no Brasil, ocorre a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira (10), que segundo a equipe do Bradesco BBI deve manter os juros, mas anunciar uma nova concessão de estímulos monetários para mitigar os impactos da pandemia do novo coronavírus (covid-19).