Copom projeta possível subida na taxa de juros
Com a corrida eleitoral próxima do fim e com o risco praticamente certo de que o Federal Reserve irá aumentar a taxa básica de juros nos Estados Unidos em mais 0,25 pontos percentuais na quarta-feira, O Copom analisou que existe um risco das taxas de juros no Brasil aumentar nas próximas reuniões de política monetária mas salientou a necessidade de uma crescente gradual.
Dentre o lado negativos que podem geral um aumento da taxa básica estão os possíveis avanços das reformas políticas – O presidente Michel Temer disse que colocará em vigor a reforma da previdência privada ainda no seu mandato- e também os riscos elevados de fraqueza da economia brasileira, visto a degradação de outras economias emergentes, como Argentina – que vive uma greve geral e a troca do presidente do seu Banco Central, e Turquia com a inflação mais alta das últimas décadas e a moeda desvalorizada 40% frente ao dólar em 2018.
Dentre o positivo, ou seja, que pode fazer com que a taxa não suba, estão o nível alto da ociosidade econômica no país.
Segundo a ata do órgão de política monetária brasileira, a balança de riscos está desequilibrada e informou pela primeira vez que se não houver um equilíbrio nas questões econômicas, será necessário avaliar uma possível alta no juros.
O mercado espera que as taxas de juros Selic comecem a subir a partir do ano que vem de modo gradual, até alcançar 8% no final de 2019. A projeção vem sido mantida pelos investidores graças a uma mudança na sinalização dos membros do Copom para os juros nos últimos meses. No mês de maio, a instituição decidiu estagnar a Selic em 6,5% e avisou que as próximas tomadas de decisão seriam a partir do estágio econômico do país.