Copom: 78% dos investidores esperam fim da ‘normalização parcial’, diz XP
Cerca de 78% dos investidores estão esperando o fim da “normalização parcial” da Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (16). A conclusão é de uma pesquisa realizada pela XP com 94 investidores institucionais.
Do total, 21% esperam a manutenção do trecho, mas com mudanças ou mais condicionantes. Apenas 1% acredita que o Copom irá manter o posicionamento de normalização parcial. A pesquisa da XP foi realizada entre segunda-feira (14) e terça-feira (15).
No último comunicado, em maio, o colegiado do BC disse ser “apropriada uma normalização parcial da taxa de juros, com a manutenção de algum estímulo monetário ao longo do processo de recuperação econômica”, mas ressalvou que “não há compromisso com essa posição e que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados”.
Entre os entrevistados, 85% esperam que o guidance para as próximas reuniões será claro. Em termos de expectativa quanto aos juros, 90% dos entrevistados acreditam em elevação de 75 pontos-base da Selic e 7%, em alta de 100 pontos-base.
A grande maioria (85%) dos respondentes espera também elevação de 0,75 ponto percentual em agosto, seguida de outras três altas de 0,50 ponto percentual — aposta de 54% dos entrevistados para setembro, 67% outubro e 52% em dezembro. Assim, a mediana dos investidores aponta para Selic a 6,50% no fim do ano.
Apostas são de que Copom elevará Selic para 4,25%
Esta é a primeira reunião do Copom com dados mais concretos sobre a economia neste ano. Desde o último encontro, foi divulgado um crescimento de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, além de dados inflacionários acima das expectativas.
As apostas predominantes do mercado são de que a Selic será elevada de 3,5% para 4,25%, como o BC já adiantou na ata da última reunião, no início de maio.
A sensação do mercado é de que as previsões têm corrido atrás das perspectivas do aumento dos preços na economia. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado deste ano está em 3,22%, e nos últimos 12 meses, de 8,06%. O Copom terá de balancear sua política entre a alta inflação em meio à recuperação econômica, mas com uma taxa de desemprego ainda elevada.
Com informações do Estadão Conteúdo.