Copom indica “interrupção” de cortes da taxa Selic

O Banco Central (BC) indicou, por meio da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) realizada na última quarta-feira (4), que é possível que não haja mais cortes na taxa básica de juros do Brasil (Selic). Na última reunião, o Comitê decidiu baixar a Selic de 4,5% para 4,25, ao ano.

“O Copom entende que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária. Considerando os efeitos defasados do ciclo de afrouxamento iniciado em julho de 2019, o Comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária”, informou o ata.

No entanto, o BC não descartou totalmente a possibilidade de corte de juros, afirmou, porém, que “seus próximos passos continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação, com peso crescente para o ano-calendário de 2021”.

Inflação

A meta de inflação (IPCA) do Banco Central, conforme já divulgado no último Boletim Focus, para 2020, 2021 e 2022 encontram-se em torno de 3,4%, 3,75% e 3,5% respectivamente.

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“No cenário com taxa de juros constante a 4,50% a.a. e taxa de câmbio constante a R$4,25/US$2, as projeções situam-se em torno de 3,5% para 2020 e 3,8% para 2021. Nesse cenário, as projeções para a inflação de preços administrados são de 3,7% para 2020 e 4,1% para 2021″.

Coronavírus

No contexto internacional, os membro do Copom avaliaram que o cenário segue relativamente favorável para economias emergentes.

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“O Comitê discutiu os efeitos do coronavírus sobre a economia global. O eventual prolongamento ou intensificação do surto implicaria uma desaceleração adicional do crescimento global, com impactos sobre os preços das commodities e de importantes ativos financeiros”.

“O Copom concluiu que a consequência desses efeitos para a condução da política monetária dependerá da magnitude relativa da desaceleração da economia global versus a reação dos ativos financeiros”, informou o documento.

Poliana Santos

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