A Copel (CPLE6) anunciou na última sexta-feira (21) a venda de sua participação de 30% na usina hidrelétrica Baixo Iguaçu (52MW de capacidade instalada). A operação envolveu, inicialmente, a aquisição dos 70% detidos pela Neoenergia (NEOE3) para, em seguida, vender 100% do ativo para a DK Holding Investments. O valor total da transação foi de R$ 570 milhões, representando cerca de 2% do valor de mercado da companhia.
A CPLE6 já recebeu um pagamento inicial equivalente a 10% do valor total, enquanto os 90% restantes serão quitados na data de fechamento da operação, que ainda não foi definida.
Em junho de 2024, a usina apresentava, na parte correspondente à Copel, um saldo de dívida líquida de R$ 136 milhões e um EBITDA anualizado estimado em R$ 60 milhões, o que corresponde a cerca de 1% do EBITDA projetado da Copel para 2024.
O Goldman Sachs avaliou a venda como um movimento estratégico positivo para a Copel. A casa destaca que a operação contribui para a otimização do portfólio e estrutura administrativa da companhia, fortalecendo seu processo de reestruturação.
Além disso, diz o relatório, a transação abre espaço para o pagamento de dividendos adicionais no curto prazo, fator considerado um dos principais catalisadores das ações da Copel.
Com base nessa estratégia, o Goldman Sachs reafirmou sua recomendação de compra para as ações CPLE6, com preço-alvo de R$ 12,40. A empresa continua sendo uma das preferidas da casa no setor de utilidades públicas, ao lado de Equatorial (EQTL3) e Sabesp (SBSP3).
Entre os fatores que sustentam essa visão otimista, destacam-se a perspectiva de crescimento dos dividendos da Copel no curto prazo, com um dividend yield (DY) estimado em 12% para 2025, e um retorno real atrativo de 12% ao ano.
Por volta das 11h desta segunda-feira (24), a Copel operava em alta de 0,39% no Ibovespa, com as ações cotadas a R$ 10,26.
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