Copel (CPLE6) migrará para Nível 2 de governança após Governo do PR desistir de venda

A Copel (CPLE6) irá realizar uma reforma do seu estatuto social visando migrar para o Nível 2 de governança corporativa. A informação foi divulgada em comunicado ao mercado emitido no fim da quinta-feira (14).

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Segundo a elétrica, a mudança para o Nível 2 de governança implica em um tag along de 100% para as ações ordinárias e preferenciais, conferindo tratamento equitativo a quem possui ações da Copel.

Além disso, a mudança de governança dá direito de voto para os acionistas preferencialistas em assuntos que tratem de transformação, incorporação, cisão ou fusão da empresa, conforme consta no documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A decisão foi aprovada pelo Conselho de Administração da Copel ainda na quinta (14), dando sucessão ao comunicado do fim de setembro, quando a companhia já havia divulgado o seu interesse na decisão.

“Tal iniciativa representa mais um avanço no compromisso assumido pela Companhia com os mais elevados padrões de governança corporativa, fortalecendo os pilares para a perenidade e o crescimento sustentável dos negócios”, diz a Copel em seu comunicado.

Isso se dá por conta do esforço do Estado do Paraná, detentor da empresa, em melhorar o nível de governança da companhia elétrica – que atua na transmissão, geração, distribuição e comercialização de energia elétrica.

A decisão ocorre após a gestão estadual do paraná desistir da oferta secundária preparada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que o governo se desfizesse de sua fatia na Copel.

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Na estrutura do follow on, divulgada já em maio, a operação teria um lote base de até 78,8 milhões de units da elétrica paranaense – montante que equivale a cerca de 14,4% do capital da empresa.

Vale frisar que esse montante envolveria units detidas pelo governo do Paraná, mas também pelo braço de participações em companhias do BNDES.

Copel pode vir a estender 14 concessões e adicionar R$ 1bi de lucro

Conforme divulgado no fim de setembro, a companhia elétrica pode estender a outorga de 14 de suas usinas hidrelétricas.

Dessa forma, a Copel adere à repactuação do risco hidrológico da parcela de garantia física não comprometida om o Ambiente de Contratação Regulada (ACR).

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Segundo a companhia, estes novos contratos trarão um impacto positivo de R$ 1,6 bilhão no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e de R$ 1 bilhão no lucro líquido do exercício.

Segundo a XP, a discussão sobre a repactuação do risco hidrológico se iniciou diante de ações judiciais ante o inconformismo das hidrelétricas.

A corretora projeta que uma adição de R$ 1,6 bilhão em valor aos acionistas perfaz um aumento de R$ 0,60 por ação no preço-alvo, ou 8% do atual valor de mercado da empresa. A corretora recomenda compra das ações da Copel, com preço alvo de R$ 7,5.

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No seu último resultado financeiro publicado, do segundo trimestre deste ano, o o braço de distribuição da companhia (Copel Dis) atingiu 7,087 GWh de energia vendida no segundo trimestre de 2021, um crescimento de 12% na comparação anual.

Cotação de CPLE6

No fechamento de quinta (14), antes da divulgação da notícia sobre a mudança de governança, as ações da Copel fecharam o pregão cotadas a R$ 6,50. O preço demonstra uma queda de 6,3% no acumulado mensal, além de 11,8% de queda desde o início do ano.

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Eduardo Vargas

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