A Copel (CPLE6) concluiu o processo de transformação da companhia em uma corporação e sem acionista controlador, informou a empresa em comunicado divulgado na sexta-feira (11).
A conclusão, segundo a empresa, ocorreu diante da liquidação financeira de oferta base secundária de ações de titularidade do Estado do Paraná e da oferta base primária de novas ações da Copel.
Conforme o comunicado, com isso, o Estado do Paraná reduziu participação nas ações com direito de voto de 69,66% para cerca de 32,32%, de modo que a Copel (CPLE6) deixou de ser sociedade de economia mista integrante da administração pública indireta do Paraná e de se sujeitar às disposições previstas na Lei das Estatais.
Caso seja exercida a opção de colocação do lote suplementar equivalente a até 15% da Oferta Base, a participação do Estado do Paraná nas ações com direito a voto poderá ser reduzida, ainda, para até 26,96%.
Por meio de comunicado, a Copel reitera que as deliberações tomadas na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) de 10 de julho produzem “efeito imediato”.
A empresa reforça a criação e emissão de Golden Share (ação preferencial de classe especial) de titularidade do Estado do Paraná e a criação de um limite para que nenhum acionista ou grupo tenha mais que 10% do total de ações com direito a voto em cada deliberação.
Toque de sino para comemorar desestatização da Copel
Nesta segunda-feira (14), o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junios, irá comparecer na B3 para a cerimônia tradicional de toque do sino em comemoração à desestatização da empresa.
Segundo informações do Valor Econômico, a oferta movimentou R$ 5,2 bilhões, marcando a segunda maior oferta de ações do ano no Brasil e a terceira maior do setor elétrico mundial em 2023.
A grande procura por investidores permitiu que todas as ações do lote suplementar fossem vendidas, além do tranche principal. Assim, o Estado do Paraná levou R$ 3,16 bilhões com a oferta, na qual vendeu parte de suas ações.
Foram coordenadores da oferta da Copel o BTG Pactual (BPAC11), Itaú BBA, Bradesco BBI, Morgan Stanley e UBS BB.
A Copel foi a primeira operação de privatização com oferta de ações em bolsa desde a Eletrobras (ELET3), no meio do ano passado, que movimentou R$ 34 bilhões. A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) foi privatizada em leilão no final do ano passado e arrematada para a Aegea, única ofertante, por R$ 4,1 bilhões. Antes, tinha tentado fazer uma oferta de ações, mas com a piora do mercado acabou mudando de planos.
Com informações do Estadão Conteúdo